
Uma mulher foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (30) em uma área de mata no bairro Conceição, em Feira de Santana. A vítima foi identificada como Daniela de Almeida Cerqueira, de 40 anos e segundo a família, fazia uso de entorpecentes.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios (DH), a unidade foi acionada por volta das 11h30, após comunicação feita pela Central Integrada de Comunicação (Cicom). A equipe do Serviço de Investigação de Local de Crime (Silc), coordenada pela delegada Ludmila Vilas Boas, esteve no local para realizar o levantamento cadavérico.
O corpo foi localizado por um vaqueiro, que havia entrado no matagal à procura de um cavalo. Perto do corpo, os investigadores encontraram muitas munições e estojos de calibre 9 milímetros, o que reforça a suspeita de que ela tenha sido executada a tiros. O terreno fica no final da Rua Carmo de Minas, em uma região isolada do bairro.
De acordo com a delegada, a vítima tinha histórico de uso de drogas e apresentava problemas mentais. Daniela, segundo a família, estava prestes a ser encaminhada para tratamento em um centro de recuperação em Simões Filho, mas acabou sendo levada por criminosos antes que isso acontecesse.

“Uma senhora usuária de droga, segundo a família. Estava em vias de ser internada em um centro de recuperação em Simões Filho, mas que, infelizmente, segundo informações também que tivemos posteriormente, ela teria sido abordada em um residencial na região da Conceição, levada àquele local e executada, a princípio, sem motivação conhecida”, confirmou a delegada em entrevista ao Acorda Cidade.
Vilas Boas explicou que, pelas informações colhidas até o momento, nada indica que o crime tenha sido motivado por vingança, mas reforçou que a polícia segue investigando.
“Nós não temos essa informação até porque era uma pessoa, segundo a família, com problemas mentais, usuária de drogas realmente num estado bem avançado, inclusive, pela complexidade física dela. Uma pessoa muito fraca, muito frágil. A gente percebia que ela não aparentava ser uma pessoa que representasse perigo a quem quer que seja, a não ser a ela mesma.”
A delegada também descreveu as condições em que o corpo foi encontrado, destacando a violência da execução e as dificuldades enfrentadas pela equipe policial devido à vegetação espinhosa do local.
“Ela estava deitada ao solo, com muito sangue. Foram encontrados estojos de calibre 9mm, muitos disparos. O local é extremamente difícil em razão da quantidade de espinhos, uma mata fechada. Agora nós estamos buscando maiores informações. Quem tiver qualquer informação acerca do crime pode ligar para o Disque Denúncia, e nós buscamos e vamos continuar buscando identificar os autores.”
O número do Disque Denúncia é o 181.
Ainda segundo a delegada, o crime teria ocorrido em uma região deserta, com poucas residências próximas, o que dificultou o aparecimento de testemunhas.
“É um local muito ermo. Existem pouquíssimas casas ao redor, mas muito distantes. Infelizmente, nós não tivemos informação acerca do horário, mas durante a necropsia vai se identificar, por conta do avanço do estágio de decomposição, qual a provável hora da morte.”
O corpo da vítima foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realização de perícia e necropsia. As investigações seguem sob responsabilidade da DH de Feira de Santana, que busca identificar os responsáveis e elucidar a motivação do crime.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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