Acorda Cidade
Um procedimento de investigação criminal foi instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar as circunstâncias da morte do motorista de caminhão, Márcio Neri dos Santos, durante operação da Polícia Federal (PF), além da atuação dos agentes policiais federais envolvidos. Segundo a Procuradoria, foram pedidas informações à corporação a respeito da "Operação Carga Pesada" e sobre a perícia da arma que supostamente pertence à vítima. De acordo com a PF, a perícia é feita internamente por um núcleo da corporação. O MPF informou que, nesse momento, o nome do procurador responsável não será divulgado.
A morte ocorreu dentro de um apartamento no Condomínio Parque das Orquídeas, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, na manhã de terça-feira (16). A família do caminhoneiro alega que os agentes entraram no apartamento de número 4, no térreo, enquanto o procurado via mandado de prisão estava no imóvel de nº 104, primeiro andar. A corporação negou e informou que a Corregedoria instaurou inquérito administrativo e apura a ação também do ponto de vista criminal, pela Operação Carga Pesada, informou.
No entanto, o porteiro do prédio afirmou que policiais federais perguntaram a ele o número do apartamento do suspeito procurado para cumprimento do mandado. O porteiro, que não tem o nome identificado, informou que foi ele quem indicou o número correto do apartamento do verdadeiro suspeito aos policiais federais. "Eles sabiam qual era o bloco e o apartamento eles me perguntou (sic). Aí o que aconteceu foi isso aí, que eles invadiram o apartamento errado", disse o rapaz, em entrevista exclusiva à TV Bahia, afiliada da Rede Globo. Ele trabalha há 11 anos no edifício.
Pela versão da família, a PF abriu um portão anterior e, logo depois, abriu a porta, que não tinha cadeado. Logo depois, teria seguido pela sala e chegado ao quarto onde o homem morto estaria dormindo. A família informou que foi realizada perícia técnica no imóvel. A ação no condomínio fez parte da operação que desarticulou organização criminosa que desviou ao menos R$ 100 milhões em cargas do Porto de Aratu, em Candeias, região metropolitana de Salvador, que prendeu, ao todo, 16 pessoas.
Fonte: G1