Insegurança

Moradores da Kalilândia são impedidos de usar praça por causa de marginais e usuários de drogas

Assaltos, ameaças a moradores e pedestres, cenas de relação sexual, entre outros problemas, são relatados por quem vive em torno da Praça.

Daniela Cardoso e Ney Silva 
 
A presença diária de usuários de drogas e de marginais na Praça Tertuliano Almeida, popularmente conhecida como Praça da Kalilândia, está impedindo que moradores possam usufruir desse equipamento público. Assaltos, ameaças a moradores e pedestres, cenas de relações íntimas, entre outros problemas, são relatados por quem vive em torno da praça. As pessoas só concordaram em dar entrevistas sem serem identificadas. Uma senhora, que reside há mais de 30 anos no bairro, afirma que após as 18h fica difícil sair de casa.
 
“A Praça da Kalilândia se tornou abrigo de quem não trabalha. Não podemos mais passear, nossos filhos não podem andar de bicicleta, depois das 18h não podemos mais sair de casa, porque é perigoso. Somos assaltados a todo momento e eles levam o que a gente tiver. Aqui tem muitos usuários de drogas”, relatou. 
 
 
Uma mulher, que trabalha numa casa em frente à praça, também relata horrores que vê diariamente. “Eles não respeitam ninguém. Fazem as necessidades fisiológicas na frente de todos, trasam. Às vezes, a gente não tem oportunidade nem mesmo de olhar para a praça. As crianças, os pais de família, todos têm medo de andar pelo local e não podemos fazer nada. Até as pessoas que chegam nos restaurantes e querem estacionar os carros, ficam com medo. Isso afastou muita gente daqui”, afirma.