Megaoperação em 15 comunidades do Rio de Janeiro deixa sete pessoas mortas após confrontos

Uma grande operação integrada contra uma facção criminosa no Rio de Janeiro deixou ao menos sete suspeitos mortos nesta sexta-feira (10). A ação ocorre um dia após a morte de um dos líderes da facção, em um tiroteio, e tem como objetivo enfraquecer a presença do grupo criminoso em várias regiões do estado.

Segundo divulgou o portal g1, a operação abrangeu 15 comunidades na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde forças de segurança realizaram incursões simultâneas. Seis das mortes ocorreram durante a madrugada, em uma ação realizada pelo 41º BPM (Irajá) no Morro do Juramento, no bairro Vicente de Carvalho, na Zona Norte. A Polícia Militar informou que as equipes foram atacadas a tiros e, em resposta, seis homens foram mortos.

Além disso, um outro suspeito foi morto em um confronto com policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) no Complexo da Mangueirinha, onde cinco homens foram presos. A operação também resultou em prisões nas comunidades da Gardênia (1) e Tijuquinha (2).

Áreas alvo da operação

A operação aconteceu em diversos pontos estratégicos do Rio de Janeiro, com a participação de diferentes unidades da polícia:

Bateau Mouche (Praça Seca): Batalhão de Choque

Chacrinha (Praça Seca): Batalhão de Choque

Cidade de Deus: Bope

Complexo da Mangueirinha (Duque de Caxias): 15º BPM (Caxias)

Gardênia Azul: Bope

Morro da Caixa D’Água (Quintino): Batalhão de Choque

Morro do Banco (Itanhangá): Polícia Civil

Morro do Dezoito (Água Santa): 3º BPM (Méier)

Morro do Jordão (Taquara): Batalhão de Choque

Morro do Juramento (Vicente de Carvalho): 41º BPM (Irajá)

Muzema (Itanhangá): Polícia Civil

Pendura-Saia (Praça Seca): Batalhão de Choque

Rio das Pedras: Polícia Civil (comunidade dominada pela milícia)

Tijuquinha (Itanhangá): Polícia Civil

Vila Kennedy: 14º BPM (Bangu)

Impacto nas comunidades

Devido à operação, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que uma clínica da família em Rio das Pedras manteve o atendimento, mas suspendeu as visitas domiciliares. Já em Duque de Caxias, a prefeitura comunicou a suspensão das aulas na Escola Municipal Hermínia Caldas da Silva e nas creches Abner Marques de Abreu e Pré-Escola Parteira Maria Odete.

Detalhes da Operação Contenção

Esta ação faz parte da Operação Contenção, uma iniciativa que busca conter o avanço da facção criminosa por diversas áreas da cidade. O objetivo é desarticular a estrutura logística, financeira e operacional da facção, além de prender traficantes em atividades criminosas. Desde o início da operação, em abril, a Polícia Civil já capturou 98 criminosos e neutralizou 10 em confrontos.

Ainda segundo o g1, um dos criminosos neutralizados recentemente um homem apontado como líder do tráfico na Gardênia Azul e na Chacrinha. Ele foi morto em confronto com a polícia, juntamente com dois seguranças, após reagirem ao cerco da Polícia Civil. O suspeito, que era procurado por três mandados de prisão, era responsável pelas invasões da facção nas comunidades da região e estava sendo investigado pela morte de um policial civil, além de seu envolvimento em outro confronto que deixou seis mortos.

Felipe Curi, chefe da Polícia Civil, destacou que a operação foi cuidadosamente planejada e executada. “Estávamos monitorando esse marginal há muito tempo. Hoje [quinta-feira], foi feita uma operação cirúrgica para capturá-lo. No momento da abordagem, ele e os seguranças reagiram e foram neutralizados”, disse Curi. Ele também mencionou que a Chacrinha é uma base estratégica da facção, usada para expandir a atuação dos criminosos na Zona Oeste do Rio.

Essa ação, mais uma etapa da Operação Contenção, visa enfraquecer a atuação da facção do Rio de Janeiro e retomar o controle das áreas dominadas pela organização criminosa, contribuindo para a segurança nas comunidades mais afetadas pela violência.

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