Feira de Santana
Mecânico que morreu em confronto com policiais era suspeito de integrar quadrilha
Durante a ação policial, o proprietário de três postos de combustÃveis na cidade de Ipirá Gilvan Oliveira Macedo, de 34 anos, foi preso.
Acorda Cidade
O mecânico Antônio Edson de Jesus Pereira, 32 anos, que morreu após trocar tiros com policiais civis próximo a Estação Rodoviária de Feira de Santana na noite de quinta-feira (13), era suspeito de integrar uma quadrilha de roubo de cargas, segundo informações do delegado, Jean Souza, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas em Rodovias (Decarga).
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado informou que a quadrilha estava sendo investigada há cerca de um ano e ela tem ligações com quadrilhas de outros estados do Nordeste, principalmente Sergipe, Pernambuco e Ceará.
Durante a ação policial, o proprietário de três postos de combustíveis na cidade de Ipirá Gilvan Oliveira Macedo, de 34 anos, foi preso, acusado de participar da quadrilha, que praticou vários roubos a cargas na região de Feira de Santana.
O último aconteceu no sábado (8), em Bendengó, tendo como alvo uma carga de medicamentos, avaliada em R$ 1,7 milhão. Gilvan estava acompanhado de César Almeida dos Santos, 32, Carlos Leonardo Santos Silva, 31, e Antônio Edson de Jesus Pereira, na Rodoviária de Feira de Santana, a bordo de uma Hilux, quando perceberam a presença dos policais e atiraram. Antônio Edson acabou ferido, e morreu a caminho do Hospital. César e Carlos foram presos.
Segundo a polícia, Gilvan e o grupo se dirigiam a Simões Filho onde encontrariam ladrões do Ceará para a execução de mais um roubo. Apontado como líder da quadrilha e acusado também de financiar ações de outros grupos de assaltantes de cargas, Gilvan passou a ser monitorado depois que seu RG foi encontrado, em Capim Grosso, no interior de um caminhão roubado, carregado de eletroeletrônicos, avaliados em R$ 800 mil. A carga foi recuperada e Gilvan foi apenas indiciado pelo crime, uma vez que não houve flagrante.
LOGÍSTICA
Segundo o delegado Jean Silva Souza, titular da Decarga, Gilvan providenciava as armas e se responsabilizava pela logística e articulação do grupo, inclusive junto à quadrilha do Ceará, com a qual pretendia roubar duas cargas de medicamentos ou eletroeletrônicos na região de Feira. Pelo apoio ao roubo que seria feito pela quadrilha cearense, Gilvan e os comparsas receberiam R$ 80 mil.
Dentro da quadrilha, cada integrante tinha uma função definida. César era o responsável pelas abordagens às vítimas e Antônio, o mecânico, era responsável por desligar os rastreadores dos caminhões roubados. Carlos Leonardo, que é habilitado na categoria ‘E’ e tinha experiência em dirigir caminhões tipo ‘Scania’, era o motorista durante as fugas.
Autuados por formação de quadrilha, Gilvan, César e Carlos encontram-se custodiados na carceragem da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira). Entre os três, apenas Carlos tem passagens em delegacias por roubo e formação de quadrilha, inclusive tendo feito parte da quadrilha de “Diabão”, que assaltava residências e estuprava as vítimas. A polícia busca agora identificar e prender os assaltantes cearenses.
Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade e da Polícia Civil.
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