Mais de 200 quilos de maconha foram apreendidos na tarde desta sexta-feira (19) em uma residência no bairro Mangabeira, em Feira de Santana. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR/Deic), que inicialmente investigava a suspeita de um veículo roubado, mas acabou descobrindo o esquema de tráfico de drogas. Na operação, a polícia prendeu em flagrante um homem, de 22 anos, suspeito de integrar uma facção criminosa.
Segundo informações da Polícia Civil, ao todo foram 212 quilos dos entorpecentes.
“A partir dessa suspeita do veículo, da motocicleta, a gente aprofundou a investigação e foi detectado também possibilidade de tráfico de drogas. Hoje foi feita uma campana pelas equipes da Furtos e Roubos, a unidade do Deic aqui em Feira, onde na parte da tarde, por volta de 14h, conseguiu dar o bote e pegar em flagrante esse indivíduo na posse dessa grande quantidade de drogas”, explicou o delegado titular da DRFR, José Marcos em entrevista ao Acorda Cidade.
Segundo o delegado, além dos tabletes de maconha, parte ainda lacrada, os policiais encontraram drogas embaladas em sacos plásticos, indicando dois tipos diferentes de entorpecentes, um revólver, balança e anotações do tráfico. Segundo a polícia, o homem confessou que integra uma facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro.
O suspeito também teve o celular apreendido, que deve ajudar a aprofundar a investigação. “A gente acredita que nesse celular vai ter muito material para a gente trabalhar, contatos e muita coisa documentada. A gente está ansioso para conseguir a autorização judicial para poder extrair esses dados”, disse.
As drogas estavam armazenadas em caixas espalhadas pela casa, que havia sido alugada recentemente pelo suspeito. “Pela experiência nossa, a gente vê que aquela droga o pessoal chama de maconha ‘agoshi’, aquela com valor de mercado bem maior que a maconha comum, além da outra maconha que está em tabletes. O DPT vai atuar para fazer essa análise”, relatou o delegado.
O suspeito foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo. Ainda segundo o delegado, o homem reservou o direito de ficar calado e não deu detalhes sobre o destino dos entorpecentes.
“Ele ficou bastante tranquilo com a nossa presença, não enfrentou a polícia, se entregou. Então a gente fez a prisão, conduziu ele à delegacia, ele vai ser interrogado, não sei se ele vai falar ou vai usar o direito de ficar em silêncio, que é um direito constitucional dele também. Mas, mesmo que ele fique em silêncio, a Polícia Civil tem meios de aprofundar a investigação de outras formas, mecanismos legais que a gente tem como aprofundar e conseguir também chegar nos resultados”, informou o delegado ao Acorda Cidade.
Para o delegado, a grande quantidade de entorpecentes apreendida demonstra que o homem ocupava posição de confiança dentro da facção criminosa.
“A grande quantidade indica que o sujeito tem uma posição hierárquica dentro da organização criminosa alta. A quantidade dessa droga não é confiada a qualquer pessoa. Então, se ele estava na posse dela, com certeza é pessoa de confiança de gente maior que ele ainda.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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