Polícia

Jovem desaparecido após abordagem policial morreu com golpe de faca, indica laudo

A cabeça e as mãos foram encontradas em Campinas de Pirajá

Acorda Cidade

Geovane Mascarenhas Santana, 22 anos, morreu com golpe de faca. É o que atesta o laudo cadavérico elaborado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), no corpo encontrado carbonizado e degolado no Parque São Bartolomeu. A cabeça e as mãos foram encontradas em Campinas de Pirajá.

O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Figueiredo, confirmou que a morte de Geovane foi provocada por “uma arma branca”. Ele, porém, não precisou quantos golpes foram aplicados nem em quais partes do corpo, nem se o rapaz foi degolado vivo.

Ele informou que daria mais detalhes sobre o caso na segunda-feira. Geovane desapareceu depois de ser colocado no fundo de uma viatura policial durante abordagem realizada no bairro da Calçada, no dia 2. Ele circulava de moto pelo local, quando foi abordado pelos policiais.

Imagens de uma câmera de segurança mostram a ação. Um dos PMs saiu pilotando a moto. Nos dias seguintes ao desaparecimento, o pai do rapaz, o comerciante Jurandy Silva de Santana, denunciou o sumiço na Corregedoria da PM e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), enquanto iniciava uma busca pessoal incansável pelo filho.

No dia 9, ele chegou às imagens registradas por uma câmera de segurança numa esquina da Rua Nilo Peçanha, em que se vê a abordagem de PMs da Rondesp, e as entregou à polícia. Dias depois, a polícia anunciou que um corpo havia sido encontrado no dia 3 de agosto, no Parque São Bartolomeu, e uma cabeça achada, no dia 4, eram provavelmente de Geovane.

Nesse mesmo dia, os PMs envolvidos na abordagem foram presos. São eles: o subtenente Cláudio Bonfim Borges, comandante da guarnição, e os soldados Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende — todos lotados na Companhia de Rondas Especiais da Baía de Todos os Santos (Rondesp/BTS). As informações são do Correio.