Operação Fogo Cruzado
Foto: Adriano Cardoso/Secom MPBA

O empresário preso em Feira de Santana durante a Operação Fogo Cruzado, de combate à sonegação fiscal, foi solto no final da tarde de quinta-feira (11). Conforme informou ao portal Acorda Cidade o advogado Hércules Oliveira, a autoridade policial entendeu que não havia necessidade de converter a prisão temporária em preventiva.

A decisão ocorreu após a defesa apresentar prova testemunhal e documental nos autos do inquérito policial. Segundo ele, houve colaboração para que todos os demais acusados fossem ouvidos no inquérito.

Advogado Hércules Oliveira
Advogado Hércules Oliveira | Foto: Arquivo / Ed Santos/Acorda Cidade

“Colaboramos para que todos os demais acusados fossem ouvidos no inquérito policial e, ao final, se concluiu que é desnecessário uma medida mais extrema, então, este advogado e o advogado Maurício Bastos atuaram exatamente nesta linha de antecipar a tese defensiva para aquele inquérito policial. Inclusive, acreditamos que no futuro, caso venha a ter uma denúncia, não será nos mesmos níveis das investigações iniciais. Foi uma atuação da defesa para antecipar estas provas, e a autoridade policial concluiu neste sentido. Agora ele já se encontra em sua residência”, explicou o advogado Hércules Oliveira ao Acorda Cidade.

A Operação Fogo Cruzado foi deflagrada no dia 2 de dezembro. Ela investiga a sonegação de mais de R$ 14 milhões em impostos aos cofres estaduais por empresários do setor de comércio varejista de armas e munição. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Irecê, Jussara e Coração de Maria, além da ordem judicial de prisão temporária contra o empresário de Feira de Santana, que foi apontado como líder do grupo.

Operação Fogo Cruzado
Foto: Adriano Cardoso/Secom MPBA

Conforme informações divulgadas pelo Ministério Público Estadual e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o grupo deixava de recolher ICMS declarado aos cofres públicos no prazo legal e de forma continuada e se valia de diversas manobras para sonegar o tributo, a exemplo da sucessão empresarial fraudulenta e interposição fictícia de sócios e administradores.

As investigações da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), do Ministério Público e da Polícia Civil, na Bahia, identificaram a constituição fraudulenta de empresas vinculadas entre si, mediante “laranjas”, com a intenção de esconder seu real proprietário e adiar o devido pagamento do imposto devido (ICMS) por tempo indeterminado, sem qualquer intenção de saldá-lo.

Ainda segundo informações divulgadas pelo Ministério Público Estadual e pela Secretaria de Segurança Pública, a operação contou com a participação de sete promotores de Justiça, 14 delegados de Polícia, 56 policiais do Necot/Draco, seis servidores do Fisco Estadual, oito servidores do MPBA e sete policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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