Laiane Cruz
Um homem prestou queixa na delegacia na manhã desta sexta-feira (28), afirmando ter sido vítima de um ataque com seringa. Paulo Sérgio de Jesus Barbosa, de 25 anos, morador do bairro Alto do Papagaio, informou que trafegava em sua motocicleta pela Avenida Fróes da Mota, e ao reduzir no semáforo próximo à entrada do bairro Santo Antônio dos Prazeres, foi atingido por um golpe de seringa no braço esquerdo.
De acordo com Paulo Sérgio, dois homens em uma motocicleta Honda Fan preta, ainda não identificados, foram os autores do ataque. Os suspeitos fugiram sentido ao viaduto da Avenida Getúlio Vargas. A vítima se dirigiu à delegacia, em seguida realizou exames de perícia e recebeu o tratamento de emergência no Hospital Geral Clériston Andrade.
O delegado João Uzzum, que acompanha o caso, informou que a polícia vai investigar a veracidade dos fatos e tentar identificar os autores do ataque.
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Denúncia
Quem tiver informações que possam auxiliar a polícia na identificação e captura do suspeito das ocorrências com seringas, pode ligar para 190. Não é necessário identificar-se.
4 anos de prisão
O autor ou autores das ocorrências envolvendo seringas, registradas nas últimas semanas em Salvador e cidades do interior, poderão cumprir até quatro anos de prisão pelo crime.
A diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), delegada Fernanda Porfírio de Souza, informou que quem for flagrado agredindo outra pessoa com seringa poderá ser indiciado por até três crimes, sendo eles lesão corporal, com base no artigo 129 do Código Penal Brasileiro (CPB), com pena de três meses a um ano de detenção; por disseminar doença ou praga, pelo artigo 61 da Lei de Crimes Ambientais, cuja pena de reclusão pode chegar a quatro anos; e por causar perigo de contágio de moléstia grave, com base no artigo 131 do CPB, com pena de um a quatro anos.
A Polícia Civil e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio do Hospital Geral Couto Maia (HGCM), estão trabalhando em conjunto para possibilitar a coleta do maior número de informações. Uma equipe de investigação foi designada para deslocar-se imediatamente até as unidades de saúde, para entrevistar pessoas que procurarem atendimento informando terem sido feridas em circunstâncias semelhantes.
O Depom também está verificando a existência de câmeras de monitoramento nos locais onde foram relatados os ataques. Apenas uma das vítimas que registrou ocorrência em unidade da Polícia Civil se dispôs a comparecer no Departamento de Polícia Técnica (DPT) para auxiliar na confecção de um retrato-falado do suspeito, mas ainda é aguardada no DPT.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade e da assessoria da Polícia Civil