Com a deflagração da greve da Polícia Militar em toda a Bahia, dispararam os números da violência urbana durante esta quarta-feira (16) em Feira de Santana. Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã de hoje (17), o comandante do Policiamento Regional Leste (CPRL), coronel Adelmário Xavier, afirmou que houve mais mortes na cidade, que em Salvador, desde que a greve começou.
Um balanço do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelou que em Salvador e Região Metropolitana, 19 pessoas foram assassinadas, ao passo que em Feira de Santana um total de 28 mortes violentas foram registradas, sendo 23 homicídios, um latrocínio e quatro autos de resistência. Por causa disso, o clima de insegurança aumentou ao longo do dia, com o comércio fechando as portas e a população retornando para suas casas.
Segundo Xavier, não foi possível controlar a onda de homicídios que ocorreu ontem no município. “O número de homicídios foi alarmante e chegou a ultrapassar a cidade de Salvador. Lá houve mais saques. Feira é uma cidade difícil, bastou as viaturas saírem da área para vocês verem o que aconteceu. Quero crer que foi pela falta de policiais na rua, que as quadrilhas especializadas nas drogas e outros tipos de delitos se confrontaram e aproveitaram a oportunidade para ir à forra”, declarou o coronel.
O coronel Adelmário informou, ainda, que se reuniu com representantes da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e chegou a um entendimento para a categoria manter o mínimo de 30% do efetivo nas ruas.
“A partir da meia-noite haverão viaturas especializadas, um total de oito guarnições, além do exército. Eu tive um entendimento com a Aspra ontem (16), eles já conversaram com a tropa e algumas viaturas das companhias já saíram ontem e a gente já sentiu que deu uma estabilizada. O meu desejo é que no dia de hoje tudo volte ao normal. 30 a 40% das viaturas estão na rua”, disse o comandante do CPRL.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.