Polícia

Foragido da Justiça de Goiás é preso em Feira de Santana

Ele é acusado de participar do assassinato de duas mulheres, que foram esfaqueadas e queimadas na cidade goiana de Inhumas, em 2011.

Daniela Cardoso

Condenado a 26 anos de prisão por participar do assassinato de duas mulheres e queimar os corpos no estado de Goiás, Jailton Ferreira dos Santos foi preso na noite de ontem (4), em Feira de Santana, por policiais civis. As duas mulheres foram assassinadas a facadas e tiveram os corpos queimados na cidade goiana de Inhumas, em 2011.

O crime teve grande repercussão no estado de Goiás, já que as vítimas, Eva Maria Barbosa de Queiroz, de 63 anos, e Antônia Barbosa de Queiroz, de 60 anos, eram tias de um homem identificado como Divino Martins de Queiroz, apontado pela polícia de ser comparsa de Jailton no crime.

De acordo com a delegada Ana Cristina Carvalho, os policiais da Coorpin (Coordenadoria de Polícia do Interior) receberam uma denúncia anônima e chegaram até Jailton. De acordo com ela, além dele não ter cumprido a pena em Goiás, foi flagrado com dois documentos de identificação falsos.

“Ele é de Água Fria, tem parentes aqui em Feira de Santana e afirma que veio para a cidade sem saber que já tinha sido condenado, mas isso é um contrassenso, pois ele estava com uma carteira de identidade falsa em nome de Gilmário Ferreira dos Santos, que é irmão dele, e uma Carteira Nacional de Habilitação em nome de José Roberto Ferreira dos Santos, na qual ele colocou uma foto 3×4 por cima da original”, afirmou.

A delegada informou que Jailton foi autuado por falsificação de documento público e será encaminhado ao presídio. Ao mesmo tempo, ainda conforme Ana Cristina, está sendo informado à Vara do Juri da Comarca de Inhumas que o mandado de prisão dele está sendo cumprido aqui em Feira de Santana e que ele está à disposição para ser transferido para o estado de Goiás.

Jailton Ferreira dos Santos alegou que não participou do crime e que apenas comprou a gasolina que foi utilizada para queimar os corpos das vítimas. Porém, a delegada acredita que ele seja co-autor dos crimes, já que foi condenado a pouco mais de 26 anos de prisão.

“Eu estava trabalhando, Divino chegou e me chamou pra ir na casa da sogra dele. Eu fui. Quando cheguei na casa da tia dele, ele não deixou eu entrar. Fiquei sentado do lado de fora. Depois ele veio e me deu uma bolsa, mas eu não sabia o que tinha dentro. Ele me pediu pra comprar a gasolina, mas eu achei que fosse para colocar no carro. Quem matou foi ele, eu só guardei uma bolsa que ele me pediu e comprei a gasolina”, afirmou Jailton.

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.