Laiane Cruz
O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, Fabrício Linard, avaliou o índice de homicídios praticados no mês de abril, no município. Foram registrados 34 homicídios no mês e três latrocínios (roubos seguidos de morte), totalizando 37 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).
De acordo com Fabrício Linard, a quantidade de homicídios do mês de abril foi excessiva, mas houve uma redução na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 42 pessoas foram assassinadas.
“A maioria desses crimes tem envolvimento direto ou indireto com o tráfico de drogas. O mês de maio já começou com um homicídio, e a nossa expectativa é ficarmos abaixo da nossa média, que é de um ao dia”.
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O delegado comemorou o aumento do número de prisões nos quatro primeiros meses deste ano, que foram 44, sendo 14 em janeiro, 9 em fevereiro, 10 em março e 11 em abril.
“Estamos numa média de 11 prisões por mês e estamos trabalhando nessa média para no final do ano alcançarmos 100 homicidas presos. No ano passado, foram 98 prisões e este ano já são 44. O índice está bem e é o resultado do trabalho da identificação das autorias. Temos uma taxa de elucidação boa. Nosso foco objetivo é sempre esse”, completou.
O comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), coronel Luziel Andrade, avaliou como positiva a queda do número de homicídios registrados no mês de abril em Feira. No entanto, avalia que os números ainda não estão dentro do esperado.
“O início do mês foi bastante ruim e o final do mês também não foi positivo pra gente. Nós tivemos no período da Micareta um saldo bastante positivo. A polícia apesar de no acumulado do mês ter conseguido bater a meta do estado, não conseguiu ainda fazer isso em Feira de Santana. Mas estamos trabalhando e incentivando os nossos policiais para que possamos alcançar esses números, e sabemos que muitas coisas não dependem da gente e do nosso esforço. Mas não podemos desistir, é continuar a luta o tempo todo”, declarou o comandante.
O coronel Luziel Andrade ressaltou ainda que muitos crimes ocorridos após o período da micareta foi em decorrência de dívidas do tráfico de drogas.
“Em decorrência da Micareta ocorreram dívidas de drogas, tivemos apreensões de drogas e quando a polícia prende, alguém tem que pagar. Isso não refletiu na primeira semana após a festa, mas na segunda ou terceira estourou. Infelizmente, 95% das situações de homicídios envolvem drogas”, informou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.