Greve da PM

Exército e Força Nacional não coíbem onda de crimes na cidade

Apesar da movimentação no centro comercial, o clima de insegurança ainda existe e nos bairros moradores reclamam de falta de policiamento.

Andréa Trindade

 
A presença do Exército e da Força Nacional  nas ruas de Feira de Santana não está coibindo a ação de marginais na cidade. Por medidas de segurança a Universidade Estadual de Feira de Santana, as faculdades e as escolas da cidade suspenderam as aulas até o fim da grave dos policiais militares e os ônibus do Sistema Integrado de Transportes estão circulando até as 22h.
 
Apesar da movimentação no centro comercial, o clima de insegurança ainda existe e nos bairros moradores reclamam de falta de policiamento e alguns postos de saúde funcionam com portas fechadas.
Várias pessoas foram assaltadas e em alguns casos, os bandidos nem precisaram sacar arma, como o que aconteceu com uma jovem na manhã desta sexta-feira (10) próximo ao Sac.
 
Ela usou o caixa eletrônico e quando estava contando o dinheiro um homem disse próximo ao ouvido dela para entregar tudo. Assustada a jovem obedeceu a ordem e o marginal fugiu.
 
 
 
 
Homicídios
 
Desde o início da greve, que hoje completa 11 dias, 28 pessoas morreram a tiros em Feira de Santana, sendo 24 vítimas de homicídio, 3 de latrocínio (roubo seguido de morte) e 1 auto de resistência (morte em confronto com a polícia).
 
Além das mortes ocorreram várias tentativas de homicídios. Os números não estão disponíveis porque em greve, os policiais não vão para o Hospital Geral Clériston Andrade para fazer os registros.
 
Serviço 156
 
A Central de Atendimento 156 da Prefeitura Municipal  de Feira de Santana recebeu neste período várias ligações de pessoas informando sobre assaltos e tiroteios, mas muitos casos foram configurados como boatos
 
De acordo com a coordenadora da central, Eliane Araújo, os bairros com maior número de solicitações são: Caseb, Parque Panorama, Feira VI, Sítio Mathias, Rua Nova, Limoeiro e Kalilândia, entre outros.
 
Segundo ela, as solicitações relacionadas à segurança pública são direcionadas a Secretaria de Prevenção a Violência.
 
Como os números de emergência da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros não estão atendendo as pessoas podem ligar para 156 e informar ocorrências.  Através da Central também podem ser solicitados serviços públicos necessários para melhoria da qualidade de vida da população, como a retirada de lixo e entulho, remoção de animais mortos e poda de árvores.
 
A comunidade pode solicitar, ainda, assistência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), Guarda Civil Municipal, Defesa Civil, Polícia Militar, além de reclamações, denúncias e solicitações diversas