Daniela Cardoso
Dois homicídios foram registrados no último sábado (1º) em Feira de Santana. A polícia está investigando os casos e, segundo o delegado Gustavo Coutinho, os crimes podem ter ligação com o tráfico de drogas.
O primeiro crime vitimou o vigilante Robson Batista da Silva, no bairro Parque Ipê. O delegado informa que no momento do levantamento cadavérico foi verificado que a vítima portava duas carteiras de identidade e que havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Ele tinha envolvimento com tráfico de drogas e era visto como gerenciador de garota de programa. Então a motivação provavelmente foi vingança ou tráfico de drogas. Ele foi morto dentro do próprio veículo e a Delegacia de Homicídios já foi a campo para ouvir parentes dele. Também vamos ouvir algumas testemunhas para tentar chegar à autoria”, afirmou.
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O segundo homicídio registrado no sábado teve como vítima Romário Santos da Silva, de 23 anos, no bairro Mangabeira. Segundo o delegado Gustavo Coutinho, a família informou que a vítima estava tentando sair do tráfico de drogas, o que pode ter motivado o crime.
“A vítima estava chegando no condomínio, quando o autor, à queima roupa, efetuou vários disparos. Familiares disseram que ele estava saindo do tráfico de drogas e os traficantes queriam que ele continuasse vendendo. Por ele se negar, teria sido morto”, informou o delegado.
Gustavo Coutinho destaca que o tráfico de drogas é o maior responsável pelos homicídios registrados em Feira de Santana. De acordo com ele, o percentual chega a 70%. O delegado destacou o trabalho da polícia e disse que o crime está migrando de um bairro para outro.
“Existe uma facção que lidera a região do bairro Mangabeira. A polícia está atenta, conseguimos prender alguns autores de homicídios e a polícia está dando maior atenção aos bairros Mangabeira e Conceição, devido ao aumento no número de homicídios. Tem a presença de duas facções criminosas aqui em Feira, o que tem elevado o índice de homicídios. O crime migra de um local para outro, conforme a ação da polícia. Quando a polícia intensifica as ações em um determinado lugar, eles migram para outros bairros, mas já estamos trabalhando para combater a criminalidade”, destacou Gustavo Coutinho.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
