Polícia

Corpo encontrado às margens do Rio Jacuípe pode ser de paulista desaparecido

O corpo estava em estado de decomposição e a confirmação da identidade a vítima ocorrerá somente após exames.

Andrea Trindade
 
Familiares de Cícero da Conceição Rodrigues,  38 anos, que morava em Ribeirão Preto (SP), estiveram no Departamento de Polícia Técnica  de Feira de Santana (DPT) e reconheceram o  corpo encontrado na tarde da última terça-feira (23), às margens Rio Jacuípe, nesta cidade. 
 
O corpo estava em estado de decomposição e a confirmação da identidade da vítima ocorrerá somente após exames. 

 
A irmã de Cícero, Idalva Conceição Rodrigues, que reside no bairro Costa Azul, em Salvador, acredita que o corpo é dele. Ela disse que Cícero saiu de São Paulo e ao chegar à Estação Rodoviária de Feira de Santana, no último sábado (20), comprou uma passagem para Aracajú, mas não embarcou. As imagens do circuito de segurança da rodoviária registram a vítima andando tranquilamente no local.
 
De acordo com delegada Milena Calmon, na segunda-feira (22), a família registrou uma queixa do desaparecimento depois que conseguiu falar com ele por volta das 23h de sábado e o mesmo informou que estava baleado em um matagal, na região de Feira de Santana.
 
“Depois disso não foi feito mais nenhum contato. Na rodoviária os funcionários ainda o aguardaram e o procuraram para embarcar, mas não o encontraram. Conseguimos as imagens que mostram Cícero andando sentido a plataforma de embarque e depois disso não há mais imagens porque na plataforma de embarque não há sistema de monitoramento”, disse a delegada.
 
Idalva Conceição contou ao Acorda Cidade que o irmão disse por telefone a outra irmã para que ela cuidasse de seu filho porque iria morrer. “Ele dizia que estava tendo um problema e só depois de ela muito insistir disse: Minha Irmã vou  falar a verdade estou aqui num matagal, já levei um tiro e eles vão me matar, cuida do meu filhinho”. 

A polícia trabalha com várias hipóteses. Uma delas é a de que a vítima foi atraída para fora da rodoviária e abordada por bandidos, e outra é de que ela tenha sido confundido com alguém. 
 
Apesar de a vítima ter dito que estava ferida, o corpo encontrado não apresenta sinais de violência. A delegada informou, porém, que o estado de decomposição inibe marcas pelo corpo. “Dependemos do laudo para saber se houve um homicídio. A irmã o reconheceu, mas para o DPT, isso não é suficiente. É preciso ter certeza de que o corpo é de Cícero”, completou. A vítima embarcaria no ônibus Feira/Aracajú para trabalhar.

Informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade