Rachel Pinto
O coordenador regional de Polícia Civil (1ª Coorpin), João Rodrigo Uzzum, ressaltou a necessidade de um posto da Polícia Civil no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. Ele disse que já existe um projeto para a implantação do equipamento, que aguarda a autorização e o apoio de recursos humanos e materiais. De acordo com ele, um posto da Polícia Civil na Unidade Hospitalar vai contribuir para os trabalhos de investigações e, inclusive, melhorar a segurança.
“O início das investigações é muito importante que seja dado por policiais civis. Posso destacar a ação dos postos de Salvador que têm grande êxito com as prisões em flagrante, cumprimentos de mandados, nas coletas dos primeiros elementos dos crimes, nos surgimentos de hipóteses, por exemplo. Melhora muito a questão da custódia de pessoas presas, que é outro grande problema que passam os hospitais públicos, e melhora a própria segurança do hospital, pois afinal de contas são mais policiais que estão presentes e sem dúvida é um grande benefício”, afirmou.
Uzzum salientou ainda que o HGCA além de atender à população de Feira de Santana, atende também pacientes de cerca de 60 cidades circunvizinhas e de diversas regiões. Ele disse que são aproximadamente cerca de três milhões de pessoas que utilizam o serviço do hospital. Para ele, um posto de Polícia Civil como os que existem no Hospital do Subúrbio e Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, de atendimento 24 horas, facilitaria o trabalho em relação aos homicídios, tentativas de homicídios e ao combate à violência de forma geral.
Sobre o posto da Polícia Militar (PM) que já existe no hospital, Uzzum elogiou o trabalho dos policiais e disse que a PM é uma grande parceira da Polícia Civil. Ele reconheceu o trabalho da PM e disse que as duas polícias têm atribuições diferentes. A Polícia Civil realiza trabalho da polícia judiciária.
“Temos funções diferentes. Eu quero destacar que a PM nos ajuda muito. São policiais que fazem um trabalho e que merecem elogios. Mas, as atribuições são diferentes e então é necessário que haja um posto da Polícia Civil que possa dar andamento aos trabalho próprios da polícia judiciária. Entrevistar, interrogar, colher informações e elementos para prender criminosos que possam estar de ocultando da aplicação da lei penal”, concluiu.
Demora em comunicar as mortes no HGCA
O delegado Gustavo Coutinho também fez uma observação em relação às mortes no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) de vítimas de crimes violentos. Ele revelou que o comunicado das mortes à Polícia Civil tem demorado e ressaltou que esta demora acaba atrasando e dificultando as investigações policiais.
“Quando somos comunicados imediatamente sobre a ocorrência da morte vamos logo em busca de informações. Existe uma equipe do plantão regional para fazer este trabalho. Esta é minha crítica em relação do HGCA”, completou.
O hospital, por sua vez, esclareceu que trata de pacientes e que não tem como identificar quando a vítima de tiro tem envolvimento com o crime ou foi baleada em assalto, por exemplo, a menos que seja comunicada pelos policiais. “A unidade possui um posto da Polícia Militar para fazer também este serviço de comunicação e enquanto não tem posto da Polícia Civil, o ideal é que os investigadores compareçam ao hospital todos os dias para fazer essa verificação”, sugere a direção do hospital.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.