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Dois ônibus foram incendiados e o comércio fechou as portas no bairro de Valéria, em Salvador, após a morte de três homens durante um confronto com a polícia no final da manhã desta segunda-feira (2). De acordo com informações da Central de Polícia, traficantes da região entraram em confronto com guarnições das Rondas Especiais (Rondesp), Gêmeos e da 31ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valéria) em um matagal da região, na localidade conhecida como Bolachinha.
O trio ficou ferido durante a troca de tiros e foi socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas os três homens já estavam mortos ao dar entrada na unidade médica, por volta das 11h de hoje. Segundo o posto de Polícia Civil da instituição, todos os três rapazes teriam envolvimento com o tráfico de drogas da região. Duas das vítimas foram identificadas: Jeanderson Brandão Moncorvo, 26 anos, e Henrique Soares Santos, 18 anos. O terceiro homem ainda não foi identificado.
Segundo informações da 8ª Delegacia Territorial (DT/Aratu), mais duas pessoas morreram em confronto com a polícia nesta tarde. A polícia esteve inicialmente em Valéria após receber uma denúncia de que 15 homens armados estavam circulando pelo bairro. Logo após a ida dos agentes, a 8ª DT recebeu informações de que traficantes da região estavam se articulando para matar os policiais que estavam no local.
Ainda segundo a vítima, entre os mortos estava o líder do tráfico do bairro, identificado apenas como Tibiri. Em retaliação, traficantes fecharam o final de linha do bairro na tarde desta segunda-feira (2). Segundo moradores da região, o comércio local recebeu ordens para fechar as portas por volta das 9h. Eles também foram orientados pelos traficantes a atear fogo em dois ônibus: um deles foi o coletivo da empresa Barramar, na entrada do bairro, perto da BR-324. O outro veículo, um ônibus da empresa São Cristovão, foi incendiado em um viaduto que liga Valéria ao bairro da Palestina.
De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), outros ônibus foram impedidos de circular no local por conta de ameaças. Sem transporte disponível, os moradores do bairro estão pegando o transporte coletivo até a BR-324 e caminhando até chegar em casa. As informações são do Correio.