Feira de Santana

Comerciante detido durante operação foi liberado e afirma que não deve nada a justiça

O microempresário disse que não entendeu porque foi identificado pela polícia como traficante. Ele estava em um ferro velho quando a polícia chegou e levou todoas as pessoas que estavam no local.

Andréa Trindade

O comerciante do ramo de confecções, Rafael Pinto da Costa, conhecido como "",  foi conduzido a delegacia na noite da última quinta-feira (15), com outros três homens acusados de integrar uma quadrilha de roubo de veículos.

Após prestar depoimento, ele foi liberado. Também foram ouvidos na delegacia: José Luciano da Conceição Oliveira, que também foi liberado; Kleber Escolano de Almeida, o “Binho”, proprietário de um ferro velho e Ailton Cesar de Oliveira Silva, conhecido como ”Mão de ferro”, segurança de Binho,

O caso


Rafael foi a um ferro velho na rua Desembargador Filinto Bastos (Antiga Rua de Aurora), comprar um amortecedor, mas dez minutos depois a polícia chegou realizando uma ação que visava desarticular uma quadrilha de roubo de veículos.


Como ele estava no local, foi conduzido para o Complexo Policial, juntamente com os outros homensque estavam armados, segundo o delegado Ricardo Brito, coordenador regional de polícia. Rafael ficou surpreso com a situação e disse que não conhece as outras pessoasapenas o proprietário do estabelecimento, de quem é cliente.


Ao chegar à delegacia, ele explicou que seu veículo Hilux foi comprado três dias, mas ainda não tinha feito a transferência do carro, que foi apreendido para averiguação.


“Fiquei detido umas 12h aguardando o depoimento e como estava tudo certo, fui liberado. Não devo nada a justiça e estou tranquilo”, afirmou o comerciante, que não estava armado.


Rafael, que é um microempresário, com firma reconhecida, disse que não entendeu porque foi identificado pela polícia como traficante.


“Estou todos os dias na minha cidade, pago meus impostos e não sei por que fui mal visto pela polícia. Eu tive um problema antigo e hoje não devo nada a sociedade. paguei pelos meus erros sete anos,” disse Rafael, que foi preso em 2004.


“O que foi publicado visou meu passado, mas hoje eu sou uma pessoa de bem, que errou, mas que pagou pelos seus erros. Hoje vivo normalmente. Sou pai e agora vivo do presente. O que passou, passou e hoje eu sou outra pessoa”’, declarou.


O comerciante nesta segunda-feira (19) voltará ao complexo policial para retirar o veículo. (Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade).