No último final de semana, entre a noite de sexta-feira (26) e o domingo (28), a 65ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) prendeu cinco homens suspeitos de violência doméstica em Feira de Santana e Tanquinho. Os casos aconteceram em localidades diferentes. As ações contaram com atendimento especializado às vítimas, a fim de assegurar o acolhimento e aplicação de medidas legais evitando a continuidade dos dnos físicos e psicológicos.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o Major Jorge Freitas, comandante da 65ª CIPM relatou que os chamados para casos de violência indicados na Lei Maria da Penha são diários, situação que acende o alerta para a discussões sobre a proteção da mulher.
“Diariamente, o CICOM recebe chamadas relacionadas à violência doméstica, um crime que, na maioria das vezes, acontece dentro das residências, marcado pelo sofrimento silencioso das vítimas”
De acordo com o Major, é notável que a violência muitas vezes fura a bolha das classes sociais, idades e escolaridade.
“A violência contra a mulher atravessa todas as classes sociais. No último final de semana, por exemplo, tiveram chamadas em várias localidades de nossa área, no Tomba, no 35º BI, Vila Olímpia, Aviário, no município de Tanquinho”, ressaltou.
A recorrência mostra que devido a inúmeras questões sociais e psicológicas, algumas vítimas acabam demorando a denunciar os agressores, ou até mesmo voltando atrás da denúncia, o que não só auto prejudica a vítima, como impede que o trabalho policial seja efetivo.
“Em algum dos casos não houve condução a delegacia porque o agressor já havia fugido antes da chegada da Polícia Militar ou porque a vítima alegou se tratar apenas de uma discussão de casal. Nessas situações, não tendo vestígios do crime e com a negativa da própria vítima a polícia fica impedida de agir. Sabemos que existem campanhas, programas, instituições voltadas para a proteção das mulheres, mas é necessário um aprofundamento do debate incisivo, cada vez mais, sobre o tema”
Um dos trabalhos focados no combate a violência contra a mulher, é a Ronda Maria da Penha, programa de policiamento que objetiva garantir a segurança de mulheres em situação de violência.
“No campo da segurança pública, essa preocupação é crescente, tanto que as Polícias Militares, Civis, possuem unidades especializadas. No caso da PM, nós temos o Batalhão de Proteção à Mulher, responsável pela Ronda Maria da Penha, que em Feira de Santana é comandada pela Capitã Nina Marques, que vem realizando um trabalho brilhante no acompanhamento de diversas mulheres que possuem medidas protetivas e outras ações que a Ronda Maria da Penha também participa aqui em Feira de Santana”
De acordo com o comandante a questão é alvo de discussões frequentes, principalmente no que diz respeito a integração dos órgãos especializados
Hoje mesmo, o nosso comandante-geral, Coronel Magalhães, esteve reunido com representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Polícia Civil, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Administração Penitenciária. Nessa ocasião foi assinado um acordo de cooperação técnica entre os órgãos envolvidos, com o objetivo de ampliar a integração e aprimorar também as respostas diante dessa problemática”, destacou.
Para denunciar uma situação de violência e pedir ajuda, basta ligar para os canais de apoio:
- Central de Atendimento à Mulher – disque 180
- Disque Denúncia – disque 181
- Emergências Policiais – disque 190
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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