Polícia

Com mais de 50 anos de atividades, investigador diz que não houve muitas mudanças na polícia

Entre tantos anos de caminhada, o policial Ademir continua firme e forte na sua profissão. Com muito orgulho e amor pelo que faz, ele é um exemplo para seus colegas e suas histórias rendem sempre longas e boas conversas.

Rachel Pinto

Com 78 anos de idade e 52 anos na Polícia Civil da Bahia, o investigador de polícia Ademir Guimarães tem muita história para contar. Na opinião dele, os policiais estão muito desmotivados e a instituição não mudou quase nada nas últimas décadas. Ademir, que trabalha na Delegacia de Furtos e Roubos de Salvador, contou ao Acorda Cidade um pouco de sua história.

Ele pontuou que a Polícia Civil não mudou muito com o passar dos anos. Para ele, a polícia trata todos os seus integrantes com dignidade e respeito para que eles tenham coragem para trabalhar em prol da sociedade. Ademir ressalta que um problema evidente é a desmotivação dos policiais, principalmente em relação às questões legais que fazem com que os presos sejam soltos “imediatamente”.

“Se percebe hoje é a falta de motivação do policial civil. O policial quando pega o ladrão leva para a delegacia. Depois o ladrão é solto imediatamente”, diz.

Ademir relembra que no passado, a polícia tinha mais autoridade e era mais temida pelos “bandidos”.

“No passado a gente pegava o “bandido”, fazia o registro na delegacia e metia no xadrez. Só a Deus pertencia quando que ele iria sair. O policial tinha mais autoridade, mais autonomia e não tinha negócio de “bandido” correr não”, relembra.

Com tantas histórias e lembranças de sua atuação de mais de meio século na Polícia Civil, Ademir se diz preocupado também com a segurança dos policiais. De acordo com ele, muitos policiais também são vítimas da violência.

Entre tantos anos de caminhada, o policial Ademir continua firme e forte na sua profissão. Com muito orgulho e amor pelo que faz ele é um exemplo para seus colegas e suas histórias rendem sempre longas e boas conversas.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.