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Em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, investigadores da Delegacia Territorial (DT), de Cipó, prenderam, ontem (28), Josean Ramos Ferreira, o “Xuxão”, de 34 anos, acusado de abusar sexualmente do próprio filho, um menino de 8 anos. O acusado, que trabalha como office boy na prefeitura do município, já vinha sendo investigado pelos abusos e torturas infligidos ao filho, práticas que já duravam três anos e foram interrompidas em maio deste ano.
O garoto não morava com o pai, que, segundo a polícia, havia sido abandonado pela esposa depois de ser vítima de sucessivas agressões domésticas. Ela residia na cidade de Alagoinhas e sempre levava o filho a Cipó para que sua mãe tomasse conta, enquanto trabalhava. Era nessas ocasiões que Josean aproveitava a presença da criança na casa da avó para levá-lo à sua residência, onde cometia os abusos enquanto exibia filmes pornô.
Em uma dessas sessões, o menino sofreu cortes nos joelhos, feitos com um facão, e foi estrangulado. O pai fez a repreensão temendo ser denunciado.
Há alguns meses, no entanto, a mãe do garoto notou que o filho vinha adoecendo constantemente e resolveu levá-lo até o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS para descobrir o que estava acontecendo. Depois de orientação e apoio recebidos na instituição, a criança acabou revelando abusos sofridos pelo pai.
A polícia agora investiga também se Josean já praticou outros atos de violência sexual a vulneráveis, uma vez que vizinhos informaram que o acusado, além de distribui balas e pirulitos, tem o hábito de beijar, abraçar e carregar qualquer criança da cidade de forma intensa e exagerada. Na casa dele foram encontradas várias caixas de doce.
Hora da prisão
No momento da prisão, que aconteceu numa praça onde crianças brincavam, Josean portava uma faca de caça e carregava nas mãos um pacote com pirulitos. O pedófilo será indiciado pela delegada Lígia Lima Macedo, titular da DT de Cipó, pertencente a 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) – Serrinha, por estupro de vulnerável e porte ilegal de arma branca. A delegada lembra a população que situações de abuso sexual devem ser denunciadas na delegacia da cidade ou através do disque-denúncia, cujo número no interior é 181.
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