Polícia

Babá admite na delegacia que dava tapas e beliscões em bebê de 1 ano

De acordo com a delegada, Letícia Carla Alaor, o depoimento durou mais de uma hora e posteriormente serão ouvidos os pais da criança e testemunhas.

Laiane Cruz

 
De acordo com a delegada, Letícia Carla Alaor, o depoimento durou mais de uma hora e posteriormente serão ouvidos os pais da criança e testemunhas. Ela informou ainda que a acusada não foi autuada devido à lei que impede a lavratura da prisão em flagrante de qualquer pessoa suspeita de prática de crime, caso se apresente de forma espontânea.

“O inquérito já está instaurado. Tomamos ontem o depoimento da genitora da criança, hoje estamos prosseguindo com o depoimento da tia, que também teve contato com a Geane, e vamos proceder também à oitiva do pai da criança, porque de acordo com informações prestadas pela própria família houve na sexta-feira um incidente, com a criança, quando o pai estava presente, que foi uma queda da cama do casal. Então, nós temos que analisar essa circunstância, confrontar todas as informações e verificar até onde essa queda teve algum comprometimento no estado em que a criança se encontra”, detalhou a delegada.
 
Ainda segundo Letícia Alaor, a acusada não negou a prática de agressões físicas ao bebê. No entanto, não assumiu que teria espancado a vítima a ponto de gerar algum tipo de lesão na cabeça dela. “Mas admitiu prática de agressões físicas como beliscões e tapas. Porém, eu tenho que analisar de acordo com exames periciais de corpo e delito, que nesse caso é primordial, para se entender a dinâmica do fato”, informou.
 
A delegada afirmou também que não pode comprovar a existência de problemas psíquicos na babá, mas disse que a acusada confessou fazer uso de remédios controlados. Entretanto, não soube informar o nome do medicamento e não apresentou receita médica, que dê indicação de que ela apresenta alguma patologia mental.
 
“Nós precisamos ouvir o pai para saber sobre essa suposta queda, que a própria mãe informou que houve. Dependemos de um exame de corpo de delito da criança, que está em estado grave, e nós ainda não temos acesso. Porque a prova material é de extrema importância para a elucidação exata dos fatos”, declarou, acrescentando que o prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias e que a polícia aguarda a melhora no quadro da criança, ou do contrário, se houver o óbito, a necrópsia, que poderá dar uma indicação mais precisa do que realmente aconteceu.
 

Defesa
 
De acordo com o advogado Bender Nascimento, que defende Geane Oliveira Santos, a suspeita nega a agressão que provocou a lesão no bebê. “Ela confirma que por duas oportunidades deu tapas na criança. Entretanto, o evento que a levou a esse estado foi ocasionado por negligência. Agora deve ser apurado se foi feita por parte do pai, da babá ou de ambos”, afirmou.
 
Segundo o profissional, houve a queda da cama box do casal e, naquele momento, o bebê se encontrava aos cuidados do genitor e da acusada, que, de acordo com ele, acumulava as funções de babá e doméstica na residência. 
 

As informações e fotos são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.