O atendimento às mulheres vítimas de violência é precário em todo país. Essa é a conclusão da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga a violência contra mulheres e que esteve na sexta-feira (29) em São Paulo para promover audiência pública sobre o tema.
Esse panorama foi traçado após a CPMI ter feito várias diligências pelos estados de Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas, do Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e de São Paulo analisando os equipamentos oferecidos pelos poderes públicos e que são voltados ao atendimento das mulheres vítimas de violência.
“De modo geral, podemos afirmar que o atendimento à mulher em situação de violência no país não está bom. Vimos que grande parte dos equipamentos, ou seja, as delegacias especializadas, os centros de referências, os núcleos de atendimento às mulheres em situação de violência e as varas especializadas funcionam de forma ainda muito precária. Muitos desses equipamentos funcionam em espaços públicos inadequados ou [em quantidade] insuficiente, com número de profissionais insuficientes e despreparados para fazer um bom acolhimento à mulher em situação de violência”, disse a relatora da CPMI, senadora Ana Rita (PT-ES), em entrevista coletiva concedida na Assembleia Legislativa de São Paulo.
De
acordo com o
Mapa da Violência 2012 (
www.mapadaviolencia.org.br),
divulgado pelo Instituto Sangari e
pelo Ministério da Justiça, São Paulo
é o 26º
estado do
país em
assassinatos de
mulheres. O
estado mais violento para mulheres é o
Espírito Santo,
seguido por Alagoas e
Paraná.
Entre todas as
capitais brasileiras, São Paulo
ocupa a 20ª
posição no ranking de
homicídios femininos, com 4,8
mortes por grupo de 100 mil
habitantes.
Segundo a relatora da CPMI, o Brasil é o sétimo país em que mais acontecem assassinatos de mulheres no mundo. Na última década, 43 mil mulheres foram mortas em todo o país. Quase 70% dos homicídios contra mulheres ocorrem dentro de casa, acrescentou a senadora. As informações são do A Tarde.