Daniela Cardoso
Moradores do bairro SIM, em Feira de Santana, estão assustados com os assaltos praticados nas proximidades do Corredor dos Araçás. Segundo eles, transeuntes, ônibus e até o posto de saúde já foram alvos dos bandidos.
Uma técnica de enfermagem, que não quis se identificar, contou que o assalto ao posto aconteceu por volta de 11h de uma quarta-feira. Segundo ele, o assalto foi praticado por três homens armados, que abordaram os cerca de 12 pacientes e todos os funcionários.
“Eles me pegaram e colocaram a arma no meu peito. Pediram meu celular, meu relógio e me prenderam em um quarto com todos os pacientes. Depois foram na sala da médica, na farmácia e fez as colegas mostrarem o que tinha no posto para eles levarem. Foram embora levando todos os pertences”, relatou.
De acordo com a técnica de enfermagem, eles não agrediram ninguém, mas estavam armados e fizeram ameaças. Segundo ela, até hoje os funcionários trabalham com medo e apelou por segurança.
“Eles diziam que queriam os celulares. Não estavam encapuzados. Não sabemos como eles chegaram, mas algumas pessoas falaram que tinha um carro rodando o posto. Queremos trabalhar mais tranquilas e a população também precisa se sentir segura. Ficamos tensos após esse assalto, com medo, pois não temos proteção e é complicado para os funcionários e pacientes”, afirmou.
O major Paulo José, da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), informou que o policiamento está sendo intensificado. Segundo ele, existem problemas estruturais, que não cabe a polícia resolver.
“As informações que foram passadas foram de alguns problemas. Estamos fazendo contato com a Secretaria de Prevenção a Violência (Seprev) para que esses problemas sejam resolvidos. A guarda municipal precisa se fazer presente. Os bandidos chegam como pacientes, sabem que só tem mulher e se aproveitam da situação”, afirmou.
De acordo com o major, é visível a falta de equipamentos básicos de segurança no posto de saúde, a exemplo da falta de câmeras de vídeo monitoramento. Ele ainda relata outros facilitadores que gera a falta de segurança no local.
“Algumas unidades de saúde estão em locais ermos, não possui linhas telefônicas e nem internet, a maioria que trabalha nos postos é mulher, não existe a presença de guarda municipal, então é um ambiente propício para que esses fatos aconteçam. Temos que ter em mente que segurança pública não se faz só com Polícia Militar. Cada um deve fazer sua parte. A segurança pública é dever do estado, mas a responsabilidade é de todos”, destacou.
Com relação ao assalto ao ônibus que faz linha para o Corredor dos Araçás, o major Paulo José disse que a ação dos bandidos ocorreu na Getúlio Vargas. Ainda assim, ele garantiu que o policiamento está sendo intensificado.
“Aumentamos nossas ações na medida em que tomamos conhecimento que alguma coisa vem acontecendo. Se imediato tomamos providências com patrulhamento e abordagens”, afirmou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade