Na manhã desta terça-feira (2), a Polícia Civil prendeu um homem acusado de assaltar motoristas de aplicativo em Feira de Santana. A prisão foi realizada pela 1ª Delegacia Territorial, coordenada pelo delegado João Rodrigo Uzzum, após investigações sobre uma série de roubos ocorridos nos últimos meses.
De acordo com o delegado, o homem se passava por mulher ao solicitar as corridas. Ao entrar no veículo, anunciava o roubo, apontando uma arma de fogo para as vítimas. Além de roubar os pertences como celulares, dinheiro e outros objetos de valor, o criminoso também exigia transferências via PIX. No momento do assalto, ele agia sozinho.
Segundo Uzzum revelou ao Acorda Cidade, embora os registros de roubo tenham sido feitos nos últimos seis meses, ele acredita que a prática de crimes pode ser ainda mais antiga.
“Eu acredito que possa ter mais tempo. Das vezes que apuramos logo após um pouquinho antes dos festejos juninos, vários roubos foram realizados. Nós identificamos duas pessoas, mas pela análise das ocorrências, percebe-se que o mesmo modos operandi foi empregado várias vezes”, explicou o delegado.
A investigação avançou a partir da análise dos celulares roubados, um trabalho minucioso que permitiu à polícia identificar e localizar o autor do crime. Durante a operação, dois celulares foram recuperados.
“Passamos a fazer uma análise do destino que era dado a esses telefones. Ou seja, o cadastramento desses telefones roubados nos levou a uma teia de pessoas as quais passamos a investigar e hoje chegamos nesse indivíduo que é o autor e estamos também prestes a encontrar outros da quadrilha”, detalhou Uzzum.
A polícia também realizou uma busca na casa dele e encontrou um celular que seria de uma das vítimas. Na delegacia, o suspeito negou a participação nos roubos, mas, segundo o delegado, forneceu informações importantes que ajudaram a avançar na investigação.
“Nos trouxe informações importantes acerca da origem desse celular, que nos remontou a exatamente um dos comparsas dele”, disse o delegado.
Além disso, uma das vítimas afirmou reconhecer o homem, o que foi crucial para a elucidação de pelo menos dois crimes. “O reconhecimento de uma das vítimas foi bem seguro. Reconhecimento de outra vítima, com relação ao aparelho, já foi realizado, então nós já temos dois crimes elucidados”, afirmou ao Acorda Cidade.
O delegado também ressaltou a importância das vítimas realizarem o Boletim de Ocorrência, o que auxilia tanto nas investigações quanto na melhoria dos dados estatísticos sobre os crimes.
“Além de nos trazer a possibilidade de promover a investigação, também o aspecto estatístico é muito importante, porque nós planejamos as nossas ações e a partir daí desenvolvemos atividades que visam combater o crime organizado”, explicou Uzzum.
O delegado ainda explicou que o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia devido à divisão de competências dentro da Polícia Civil. “Abaixo de 20 salários mínimos, as Delegacias Territoriais passaram a efetuar essa investigação”, informou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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