Acorda Cidade
Em entrevista exclusiva à repórter Bette Lucchese, da TV Globo, o suspeito de ter lançado o rojão que matou o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, Caio Silva de Souza, admitiu que acendeu um rojão na manifestação da quinta-feira (6), contra o aumento das tarifas de ônibus. Para a polícia, entretanto, ele afirmou que só fala em juízo.
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Na entrevista, ele disse que não sabia que o objeto era um rojão, e sim um "cabeção de nego". Na conversa, que foi ao ar no RJTV desta quarta-feira (12), ele também disse que há jovens que são atraídos por terceiros a participarem do protesto, recebendo algo em troca.
Questionado sobre quem o teria aliciado, ele não deu maiores detalhes. "Isso eu não sei dizer à senhora, a polícia tem que investigar", disse.
Nome falso
Caio Silva de Souza foi preso por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira (12) em Feira de Santana, na Pousada Gonçalves, próximo à Estação Rodoviária. Ele foi preso pelo delegado que investiga o caso, Maurício Luciano de Almeida e Silva, da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O suspeito estava indo para a casa do avô em Itu (CE) e durante o trajeto parou em Feira de Santana, de onde partiria hoje cedo, mas foi convencido por telefone pela namorada a se entregar à polícia, que conseguiu localizá-lo.
O recepcionista da pousada, Hergleidson de Jesus Moreira, disse ao Acorda Cidade que Caio chegou ao local por volta das 16h de terça-feira (11) e pagou a diária usando o nome de Vinícius Marcos de Castro. Hergleidson disse ainda que ninguém o reconheceu na pousada e por isso não suspeitou de nada.
“Ele permaneceu no quarto e estava só. Os policiais chegaram acompanhados da namorada dele, que foi a primeira a subir, e do advogado. Ele recebeu uma ligação de madrugada de uma pessoa que se identificou como irmão dele, dizendo que estava chegando em Salvador e que mais tarde estaria vindo para Feira e que era para reservar três quartos para seis pessoas que estavam chegando”, relatou o recepcionista ao Acorda Cidade.
Com informações do G1.