Feira de Santana

'A intenção era matar a filha e a minha mãe', diz irmão de criança morta a tiros

O acusado fugiu após o crime, e até o momento não foi localizado.

Andrea Trindade

A polícia está à procura de Edmário Carlos de Oliveira, acusado de ter matado com um tiro na cabeça a própria filha de um ano de idade, na noite de terça-feira (2), no Loteamento Parque Nova América, bairro Subaé, em Feira de Santana.

A ex-mulher dele, Edilene da Silva Santana, 40 anos, com quem conviveu por cerca de dois anos, também foi baleada. Atingida na virilha, ela foi socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade, onde está internada.

Foto: Arquivo pessoal/Reprodução Aldo Matos/Acorda Cidade 

O acusado fugiu após o crime, e até o momento não foi localizado. Em entrevista ao Acorda Cidade, o filho de Edilene, de outro casamento, Jean Santana leal, informou que Edmário ameaçava a família dele de morte e que a intenção era mesmo matar mãe e filha.

"Eles disputavam uma casa na Justiça, que deu o direito a ela, porque tem uma filha com ele, mas ele não aceitou. Ele tentou intimidar minha mãe, ameaçava a gente. Foi ao trabalho do meu irmão armado e fez ameaças de morte. Ela disse que ele não iria nos matar, mas eu disse ele vai sim mainha”, contou. Jean contou também que o acusado foi à casa da ex-mulher no início da noite e tentou conversar sobre a casa.

“Eu cheguei em casa ontem do trabalho por volta de 6h40, tomei banho para ir para o colégio e ele foi conversar com ela para dividir a casa. Ela disse que não e que era para deixar a justiça resolver, aí ele puxou a arma e deu três tiros nela e na criança. A intenção era matar a minha mãe e a criança. Depois do crime ele ainda tentou me perseguir”, disse informando que dos três tiros, um atingiu a cabeça da garotinha e outro na virilha da mãe. A terceira bala foi perdida.

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Jean é irmão da vítima (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade)

Ana Beatriz da Silva completou um ano de idade no último dia 31 de agosto. Após ser baleada, a garotinha ainda foi socorrida para o Hospital Estadual da Criança (HEC), mas não resistiu.

“Logo quando eu cheguei do trabalho, carreguei no colo e ela me deu um beijo, depois eu tirei um dinheiro do bolso, que tinha recebido salário, e dei para minha mãe comprar uma roupinha para ela amanhã”, lembrou o irmão de Beatriz.

Informações do repórter Aldo Matos.