6 presos conseguem habeas corpus para sair do Conjunto Penal sem tornozeleiras

^{Andrea Trindade}

Conseguiram saída temporária para o Dia dos Pais, através de habeas corpus impetrados pela Defensoria Pública do Estado, seis dos cerca de 100 detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana, que tiveram o benefício suspenso por falta de tornozeleiras eletrônicas.

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Os seis saíram nesta quarta-feira (9) e cinco devem retornar no próximo dia 15. O sexto detento saiu em livramento condicional (liberdade antecipada, mediante certas condições, conferida ao condenado que já cumpriu uma parte da pena). Se não fosse o habeas corpus, este também não poderia sair sem o monitoramento eletrônico.

Segundo a Defensoria Pública, foram pedidos cerca de 50 habeas corpus para esta saída temporária. Além da defensoria, advogados de presos também entraram com o pedido e aguardam as demais liberações.

Apesar do ocorrido, a movimentação no conjunto penal na manhã desta quarta-feira foi considerada tranquila. O diretor do presídio, capitão Allan Araújo, informou ao Acorda Cidade que foram adotadas algumas medidas preventivas em relação ao atendimento, mas foi mantido o policiamento rotineiro com o reforço geralmente usado em dias de saída temporária.

“Os detentos receberam a notícia basicamente ontem (8), por volta das 18h,e isso abalou a expectativa dos internos. Eles estão conscientes do que pode ser feito, e os remédios jurídicos estão aí para isso. Recebemos seis decisões do Tribunal e a medida em que elas forem chegando vamos liberando os presos. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) está acompanhando a situação e acredito que Feira de Santana terá prioridade na implantação do serviço de monitoramento”, disse o capitão Allan Araújo.

Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade
 

Alguns parentes de presos permaneceram em frente ao Conjunto Penal de Feira de Santana aguardando a liberação. Uma mulher reclamou porque o marido dela não conseguiu sair: “Geddel (Vieira Lima) foi liberado sem tornozeleira e por que meu marido não pode? Por que ele é grandão e meu marido é um pobre coitado? Isso é revoltante, porque ele já está pagando pelo erro que cometeu. É um direito dele”, declarou a esposa de um detento que cumpre pena por roubo.

Informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade