Feira de Santana

12 internos do Hospital de Custódia da Bahia podem ser transferidos para Feira de Santana

O Núcleo de Crime e Execução Penal atestou que o atual HCT, na Baixa do Fiscal, em Salvador, não possui condições para abrigar internos

Roberta Costa

Atualizada às 17h10


No dia 19, o A Tarde publicou que o novo Hospital de Custódia e Tratamento da Bahia (HCT) deve ser instalado em Feira de Santana. São 12 pacientes que, segundo o deputado estadual  Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa  cumpriram suas penas e continuam na unidade porque não possuem familiares
 
A possível "nova célula", como é chamado o espaço pela Secretaria de Saúde, tem capacidade para 60 leitos, banheiros, boa ventilação e luminosidade, além de uma área externa própria para o convívio social.
 
O Núcleo de Crime e Execução Penal atestou que o atual HCT, na Baixa do Fiscal, em Salvador, não possui condições para abrigar internos. O incêndio no imóvel, provocado por presos na última semana, teria agravado ainda mais a situação. Por isso, a Defensoria Pública pede que o Estado agilize a transferência dos presos.
 
A reforma do atual prédio do HCT deve iniciada em julho deste ano. O deputado estadual Carlos Geilson (PTN) e o deputado federal Colbert Martins (PMDB) se mostraram contra a transferência. Mas, de acordo com o deputado estadual Zé Neto (PT), ainda não há nada definido.

“Quando houve o incêndio, a maioria dos internos foram remanejados para outras unidades de Salvador. Algumas mulheres ficaram sem local para ficar. Por isso, existe a possibilidade de serem transferidas para outras unidade do interior do estado”.

Ele pediu que os internos sejam tratados como seres humanos e não como dejetos. “Eles não podem ser tratados de forma excludente. Qualquer família está sujeita a ter um dependente químico, que cometa um crime. Tudo deve ser feito com prudência”.

Além de Feira de Santana, estão sendo feitas avaliações em diversas cidades do interior baiano. 
“Em tese seria mais confortável se a situação fosse resolvida na capital, porque centraliza. Estão tratando a questão como palanque político, querendo criar demanda”, criticou Zé Neto.

Para ele, antes de criticar, os parlamentares devem apresentar uma solução. Na tarde desta segunda-feira (22) haverá uma reunião com o secretário de saúde Jorge Solla e com o secretário da Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), Nestor Duarte, para discutir a situação.