Neste episódio de número 159, vamos mergulhar na vida e na carreira de Zé Honório, um artista que carrega no timbre e na história o espírito da música popular baiana e do Carnaval de Salvador. Com passagens marcantes por trios elétricos, blocos icônicos e parcerias com grandes nomes da música, Zé revelou, em um bate-papo com a jornalista Iasmim Santos, como construiu sua trajetória de sucesso e resistência no cenário musical.
Nascido na região de Pau Brasil, a 107 quilômetros de Itabuna, Zé Honório começou a trabalhar cedo. Influenciado por Gal Costa, Ney Matogrosso e Beatles, aos 14 anos, trabalhava em bares. Foi nesse ambiente que descobriu seu talento para cantar, animando o público de forma espontânea.
“Era o dia todo botando vinil e cantando as músicas que eu gostava. Comecei vendendo de tudo, de sardinha a sabão e, de repente, já estava cantando nos bares.”
Ainda jovem, venceu festivais em Canavieiras e, em 1981, assumiu o vocal da banda Tropical Music, conquistando reconhecimento na cena local.
A voz que traz a massa
Sem formação técnica formal, Zé descobriu sua voz aguda interpretando músicas do grupo sueco Abba. Desenvolveu um estilo único, transitando com naturalidade entre o forró, a MPB, o samba-reggae e o axé. Sua potência vocal o levou a experiências marcantes, como se apresentar no lugar da banda Chiclete com Banana no bloco Traz a Massa, quando ficou conhecido como “a voz que traz a massa”.
Zé Honório já puxou blocos como Papaléguas, e deixou sua marca registrada ao cantar no Campo Grande ao lado de Amelinha a música Amar quem já amei que ficou conhecida como “Seu moço”, sendo eleito o melhor cantor de trio do carnaval. Além de Amelinha, Zé já dividiu apresentações com Elba Ramalho, Saulo, Olodum, Cláudia Leitte e Timbalada.
A música é parte da rotina e da herança familiar do cantor que falou sobre sua amada esposa, filhos e familiares músicos. Além da banda familiar de forró chamada Visgo de jaca. Fora dos palcos, cultiva a paixão por motos desde os anos 80 e mantém uma vida equilibrada entre arte e lazer.
No podcast, o cantor também relembra a tradição de cantar a Ave Maria nos encontros de trios, criada em 1984. Para conhecer mais sobre a vida e carreira do cantor Zé Honório ouça o nosso podcast.
Novos projetos
Entre seus trabalhos mais recentes está um projeto que mistura música orquestrada com raízes baianas, unindo MPB, samba-reggae e forró. Interrompido pela pandemia, o show está sendo retomado e promete novidades para o público.
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