Política

Zé Neto minimiza boicote da base na AL-BA

O líder do governo trabalha nos bastidores para que os deputados compareçam mais cedo nas sessões.

24/05/2017 às 11h19, Por Brenda Filho

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Na Assembleia Legislativa da Bahia, em suas últimas seis sessões, as discussões permaneceram travadas por causa de artifícios regimentais utilizados pela oposição – que não pretende dar trégua aos governistas. Ontem não foi diferente. Agora, com a crise política, a situação deve se agravar. O grande desafio do governo é colocar quórum suficiente para votar projetos cruciais para o executivo estadual. “Não votamos na semana passada porque o Governo não tinha quórum para votar”, explica o líder da oposição, deputado Leur Lomanto Jr (PMDB), à Tribuna. “O Governo tem a obrigação de colocar quórum suficiente para colocar os projetos que são oriundos do executivo. Oposição é oposição”, completa. Segundo o parlamentar, a pauta a respeito da mudança nas regras das licenças médicas dos servidores públicos do Estado retira direito dos trabalhadores. “No projeto da licença médica para os trabalhadores que o Governo quer implementar, a oposição entende que retira direitos dos trabalhadores. A priori, se não houver alguma mudança, a oposição vai continuar votando contra”, avisa. Já a situação alega que a oposição tem pedido verificação de quórum no pequeno expediente, quando aliados do Governo do Estados ainda não estão presentes na AL-BA. Líder do governo na casa, o deputado estadual Zé Neto (PT) trabalha nos bastidores para que os deputados compareçam mais cedo nas sessões. Ele afirma que não entende a estratégia da verificação de quórum, já que é o momento que eles mais discursam. “Nós nunca chegamos ali 14h30 porque, quando tem dia de votação, a gente chega mais tarde. A bancada de oposição se reveza e a de governo tem que ficar”, explica. “A vida toda quem mais brigou para não derrubar o pequeno expediente eram eles e agora são eles os que mais derrubam?”, alfineta o petista em entrevista à Tribuna da Bahia. Nos bastidores, circula a informação de que alguns parlamentares governistas estariam insatisfeitos com o não pagamento das emendas impositivas. “Tem sempre reclamações que eu sei. Na verdade, estamos trabalhando junto ao Governo para que elas sejam gradativamente cumpridas”, acredita. “Nós estamos vivendo em uma crise econômica dificílima, os deputados realmente reclamam com razão e temos que fazer o meio-campo para ver se a gente consegue gradativamente ir encontrando harmonia”. O Governo precisa correr contra o tempo, porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 (LDO 2018) também precisa ser colocada em apreciação, mas não será votada enquanto as quatro propostas deixarem de sobrestar a pauta.

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