Uma manhã especial no Dia da Mulher

Foto: Secom

Uma comemoração especial, alegre e em clima de confraternização. Assim foi a manhã desta segunda-feira (8), no estacionamento da Prefeitura de Feira de Santana, onde dezenas de mulheres se reuniram para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Uma vasta programação, com palestras, oficinas de artesanato, orientações jurídicas e de assistência social e muita cantoria, com Dilma Ferreira, marcou o evento, que terminou ao meio-dia. Para as participantes, ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar, mas sim, fortalecer a bandeira de luta sobre o papel e o devido espaço da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia, terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher.

Várias mulheres lembraram que, mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. “Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história”, disse a vice-presidente do Conselho Municipal da Mulher, Lourdes Santana.

Segundo ela, o Dia Internacional da Mulher marca também o início de uma série de palestras e encontros que serão realizados ao longo do mês de março em diversos bairros e distritos. “São formas de elevar o nível de conscientização da mulher sobre o fundamental e importante papel na sociedade no mundo inteiro”, observou.

Participaram do que também acabou denominando como “encontro de mulheres” representantes da Defensoria Pública (representada pela promotora Sandra), Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (delegada Martine Veloso), Conselho Municipal da Mulher (Marizete Cerqueira), Centro de Referência de Assistência Social (Liliane Carrvalho), Conselho Municipal do Idoso (Cacilda Miranda), Associação Comunitária União e Progresso (Maria da Paixão), Departamento do Trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Social (Ivone Magalhães) e Movimento de Mulheres Negras de Feira de Santana (Maria de Fátima). A Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, estruturou o local para a realização do evento no estacionamento, fornecendo o palco e toldos, onde foram montados estandes.

COMO TUDO COMEÇOU

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, na cidade norte-americana de Nova York, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, há 100 anos, em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Pode-se dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo.
 
 As informações são da Secom

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