Covid-19

'Todas as unidades hospitalares do município estão próximas da capacidade total', afirma Secretário de Saúde

Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Saúde, Marcelo Britto, conclamou à população que permaneça seguindo todos os protocolos sanitários como forma de evitar contrair o vírus.

07/04/2021 às 16h56, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

Os hospitais públicos e privados do município de Feira de Santana, continuam enfrentando a superlotação, recebendo pacientes para o tratamento contra a covid-19. Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Saúde, Marcelo Britto, conclamou à população que permaneçam seguindo todos os protocolos sanitários como forma de evitar contrair o vírus.

"Nossas unidades estão trabalhando muito próximo do seu limite de capacidade e desta forma pedimos que as pessoas continuem adotando todos os cuidados sanitários em lavar as mãos com água e sabão, fazendo o uso do álcool em gel e sempre usar máscara. Jamais aglomerar e participar de festas porque isso não é brincadeira. Neste final de semana mesmo, perdi um professor e também amigo, não resistiu às decorrências da Covid-19 e morreu no Hospital Espanhol depois de passar três semanas internado, então não brinquem com a vida", relatou.

De acordo com o secretário, o município enfrenta uma segunda onda da pandemia que ainda está em fase de crescimento, e paralelo a isso, o processo de vacinação que corre o risco de ser suspenso pela pouca disponibilidade de doses.

"Nós temos uma segunda onda que ainda está em fase de crescimento e é um grande problema. Estamos trabalhando arduamente para vacinar o máximo possível e não estamos vacinando com tanta frequência porque não temos mais a disponibilidade de antes. Quanto mais vacinamos, mais rápido, essa quantidade termina e atualmente estamos com 1.130 doses para vacinar a população em sua primeira dose e a qualquer momento podemos suspender nosso processo de vacinação", destacou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A Prefeitura Municipal de Feira de Santana está tentando viabilizar a inclusão de mais cinco leitos no Hospital de Campanha. Segundo o secretário, há uma série normas que precisam ser seguidas, mas o processo está sendo feito o mais rápido possível, para atender à população.

"Temos cinco leitos para o Hospital de Campanha que estamos estudando como implantar de forma mais rápida possível. É fato que envolvem algumas coisas relacionadas como obras, aditivos de contratos, é preciso ter o lado jurídico que não pode ser desrespeitado por parte do município, mas temos também oito leitos que estamos tentando abrir no Hospital Dom Pedro de Alcântara, além dos trinta que foram abertos no Hospital Geral Clériston Andrade. Estamos fazendo tudo que é possível, vamos nos deparar com algumas situações como incapacidade de espaços, insuficiência de equipe altamente especializada e insuficiência de equipamentos, como o respirador que está em falta no mercado. Eu peço a compreensão da população, sei que muitas pessoas estão cansadas, mas não temos escolha, temos que enfrentar essa pandemia e vencê-la", informou o secretário ao Acorda Cidade.

Na manhã de terça-feira (6), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) baixou para 63 anos, a idade de idosos que já podem realizar o pré-agendamento. De acordo com Marcelo Britto, essa redução é avaliada com base na disponibilidade do município.

"Essa redução é avaliada com base na disponibilidade que temos de vacinas no município. Conseguimos chegar a estas pessoas, mas sempre vamos depender dos imunizantes e volto a salientar que a qualquer momento, podemos interromper essa vacinação pois não vamos ter a quantidade suficiente de vacinas, e desta forma é preciso aguardar uma nova remessa. Existe uma promessa de chegada de novas vacinas nessa semana, mas são apenas promessas, porque nem a Secretaria do de Saúde do Estado sabe quando embarcam novas doses, só quando sai lá de Brasília, São Paulo com destino aqui para a Bahia, onde é imediatamente redirecionado para Feira de Santana e os demais municípios", afirmou.

Para o secretário, as medidas adotadas durante o final de semana ajudam a reduzir o número de internações e consequentemente o número de óbitos, mas destacou as aglomerações realizadas durante o feriado da Semana Santa.

"Se nós não tivéssemos adotado essas medidas de restrição, quantos leitos a mais iríamos precisar para o município? Essa é uma medida muito complicada de se fazer, mas não há dúvidas e isso já tem comprovação científica que o distanciamento social gera uma diminuição do nível de contágio por parte do coronavírus e evidentemente, cai o número de internações e de óbitos. Nesse feriadão, se as pessoas viajaram para uma fazenda por exemplo e elas ficaram relativamente de forma isoladas, o risco é muito pequeno, mas aquelas pessoas que viajaram para fazendas no sentido de realizar festas, participar de eventos ao público, aí o risco dispara de forma exponencial, e continuamos com os avisos, não arrisquem a vida, pois é uma só, será que tem sentido colocar a vida em risco por conta de uma festa? Creio eu que não", concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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