Feira de Santana

Seguindo protocolos sanitários, aulas semipresenciais retornam em Feira de Santana

De acordo com o decreto municipal, é necessário que tenha apenas 50% da turma presente em sala.

19/07/2021 às 15h39, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

Muitas escolas particulares de Feira de Santana deram início, na manhã desta segunda-feira (19), às aulas no formato híbrido (presencial e online), depois de a prefeitura municipal autorizar o retorno das atividades após as salas de aulas ficarem fechadas por mais de um ano.

De acordo com a supervisora pedagógica da Escola Asas de Papel e do Colégio Asas, Yris Reis, a retomada das atividades teve resultados positivos em virtude da preparação que já estava sendo realizada com antecedência, por parte da instituição.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Não é fácil retornar depois de um ano e meio, depois de muitos desafios, muita insegurança, principalmente por parte das famílias, mas nós nos preparamos para esse possível retorno, que agora realmente aconteceu. Posso avaliar como muito positivo, seja pelos pais, responsáveis, professores, colaboradores, os próprios alunos puderam oportunizar esse dia, que entrará para a história de Feira de Santana. Tudo deve transcorrer dentro das normalidades, mas é claro que ainda estamos aprendendo a lidar com todos os protocolos sanitários e todos os protocolos de distanciamento, aprendendo também a lidar diante de uma quantidade de pessoas dentro de um determinado espaço, mas seguindo rigorosamente o decreto municipal de 50% e de forma escalonada", explicou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ainda segundo a supervisora, três protocolos estão seguidos dentro da unidade escolar.

"Estamos seguindo o protocolo pedagógico, o protocolo socioemocional e o protocolo sanitário, tudo isso dentro de uma linha de importância, porque os três estão na mesma vertente, porém os protocolos sanitários são necessários, ainda mais nesta primeira semana de retorno, onde estão acontecendo os treinamentos, apesar que foi feita toda preparação, mas é preciso que haja a prática. Retornamos agora do grupo 2 da educação infantil até o ensino médio. Escutamos todos os pais nesta manhã, claro que existe toda a preocupação, nós entendemos, a maioria deles, com quem tivemos o contato, se mostraram seguros, tranquilos e confiantes, sabendo da responsabilidade que a instituição tem, para que possamos cumprir todos os decretos e protocolos", afirmou.

A enfermeira Leila Santana, mãe de Pedro Guilherme, 10 anos, e Jean Santana, 12 anos, informou ao Acorda Cidade, que ainda não seria o momento ideal para retomar com as atividades de forma presencial, mas por insistência dos próprios filhos, decidiu atender aos pedidos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Eu esperava que esse não seria o momento ideal, alguns pais comentaram no grupo que ficaram com restrição em levar os filhos para a escola, porém como meu filho mais velho tem déficit de atenção, ele precisa desse acompanhamento de perto, mais próximo dos professores, um dos motivos para autorizar que ele retornasse", explicou.

Durante o período em casa, Leila afirmou que deu um 'certo trabalho' administrar a atenção dividida para os três filhos e auxiliar com todas as atividades.

"Eu tenho três filhos, e posso dizer que foi difícil para dar conta dos três. Além de Pedro e Jean, ainda tenho uma pequenininha e conseguir auxiliar, fazer esse processo de adaptação para os estudos serem dentro de casa, ainda mais que aconteceu tudo de repente, mas graças a Deus, os professores sempre nos deram essa atenção maior, o que foi bom para todos", disse.

Segundo Leila Santana, os pequenos praticamente não dormiram na noite anterior com a ansiedade em retornar nesta segunda para a sala de aula.

"Eles ficaram bastante ansiosos, tanto que ontem á noite, eles não dormiram direito só pensando na escola. Fiquei ainda pensativa com a restrição, mas eles insistiram bastante, estavam com saudades dos professores, dos coleguinhas, então acabei cedendo. Mas a escola nos repassou todas as formas de protocolo que serão utilizadas, intensificaram bastante o uso da máscara, das crianças levarem o álcool em gel, os copos, lanches, porque acredito que a cantina não vai estar aberta nesse primeiro momento, então isso tudo até nos tranquiliza e percebe que a escola está trabalhando com a segurança de todas as crianças", afirmou.

Mãe do pequeno Cauã Alcântara, de 7 anos de idade, Lorena Alcântara afirmou que o momento de buscar o filho novamente na escola depois de tanto tempo, foi tomado pela emoção.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Eu me sinto emocionada e posso dizer que é muito bom voltar às aulas assim no formato presencial, vendo ele com os coleguinhas, ansioso em querer retornar para a escola e contando os dias para esse dia chegar. Nós fomos orientados com relação aos protocolos, ao uso correto da máscara, uma máscara reserva, trazer o lanche de casa, comida separada para não ter contato com outros colegas e sempre mantendo o álcool em gel próximo da criança", destacou.

O Colégio Santo Antônio também retomou com as atividades nesta segunda-feira. De acordo com a coordenadora da educação infantil, Tammy Cristina de Souza, todo protocolo que já estava sendo discutido antes do retorno, está sendo aplicado agora na prática com a presença dos estudantes.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Estamos vivendo a semana do acolhimento, é uma semana em que todas as crianças serão recebidas aqui na escola de forma individual pela professora, e nesse encontro, nessa vivência, conversando um pouco sobre os protocolos que de fato é o distanciamento, o uso correto da máscara, o cuidado com os brinquedos que nesse momento ainda não poderão ser trazidos aqui para a escola, as mochilas devem ficar em um local determinado. Lembrando que estaremos seguindo um escalonamento, então temos aqui 50% da turma e os outros 50% ficaram em casa", informou.

Segundo Tammy Cristina, alguns pais decidiram permanecer com o ensino remoto, mas destacou que a grande maioria acatou o retorno híbrido.

"Algumas famílias optaram por ficar em casa, mas nós temos aqui a grande maioria dentro da escola e essas crianças que estão em casa também estão recebendo todo o acolhimento com base no nosso protocolo socioemocional. Porque além do nosso protocolo sanitário, devemos aplicar o socioemocional, pensando em atender as necessidades dessas crianças e das famílias. Nós temos aqui um programa 'Líder em mim', que faz parte do que adotamos aqui na instituição em cuidar das crianças. Então esses estudantes que continuaram em casa terão esse atendimento, essa acolhida de maneira online", pontuou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Após terem a visualização dos protocolos que estão sendo seguidos dentro da escolas, os pais se sentiram mais tranquilos, segundo a coordenadora. Para Tammy, é necessário que haja essa experiência para que os pais se sintam seguros em trazer de volta as crianças.

"De fato, alguns pais ainda se sentem inseguros, mas hoje os relatos que tivemos são daqueles pais que vieram e perceberam como essa dinâmica está acontecendo. Hoje foi o nosso primeiro encontro, e quando eles visualizam, garantem mais a segurança. A gente sabe que existe ainda a preocupação de muitas famílias com relação ao psicológico, a questão do distanciamento, a falta dos colegas, da interação e o quanto isso tem prejudicado. Estamos atentos a tudo isso, lembrando também que estamos com um olhar direcionado para as crianças que não irão retornar nesse momento. Sabemos que é uma necessidade da família, pode ser por questão de grupo de risco ou por opção mesmo e não se sentem seguros, mas estamos aqui à disposição de todos para manter esse diálogo", afirmou.

Cantina e biblioteca

Segundo Tammy Cristina, esses dois locais permanecem fechados para que não haja o compartilhamento de objeto entre as crianças.

"Essas áreas de convivência estão fechadas. A biblioteca, por exemplo, será apenas da sala de aula. Iremos fazer as trocas semanalmente, terá toda higienização e o cuidado no sentido das crianças não trocarem os livros. Nesse momento, a cantina ainda não está autorizada a funcionar, iremos avaliar junto com o setor de infectologia, mas a princípio, todo lanche deverá ser trazido de casa e, de preferência, aqueles que possam ficar em locais refrigerados ou não, para que não tenha o armazenamento do lanche da criança dentro da escola. Temos turmas aqui que variam entre 18 a 20 alunos, então nesse momento, teremos apenas 50%, aquela turma que tem 18, só poderão comparecer de forma presencial 9, e depois o outro grupo que ficou em casa", salientou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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