Feira de Santana

Secretário diz que fiscalizará UPAs e policlínicas, após denúncia de que estariam fechando nos fins de semana

O diretor do Hospital Clériston Andrade reforçou que a unidade fica sobrecarregada durante os fins de semana e nas segundas-feiras, porque as policlínicas e UPAs não estão recebendo pacientes.

30/03/2022 às 07h05, Por Andrea Trindade

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Laiane Cruz

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, denunciou na última segunda-feira (28), em entrevista ao Acorda Cidade, que a unidade hospitalar estava superlotada, e que um dos motivos são as policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município, que segundo ele, não estão abrindo as portas para novos pacientes nos fins de semana.

“Com 42 pacientes na emergência, não há possibilidade de trabalhar. Ou para pra acertar ou eu também vou fechar no fim de semana. Isso é irresponsabilidade. Tem gente sentado na cadeira que pode ser atendido em qualquer UPA. É acidente de moto, é tiro, é acidente de carro, tudo dentro do Clériston Andrade. Não temos condição de atender mais ninguém, e depois reclamam da regulação”, declarou o diretor.

Ele reforçou que o hospital geral fica sobrecarregado durante os fins de semana e nas segundas-feiras, porque os funcionários das unidades municipais estariam orientando os pacientes na porta das unidades a se dirigirem para o Clériston Andrade, sem nem mesmo prestar atendimento.

“No Ortotrauma, que pega cinco pessoas, está com 28 pacientes. Acabou a internação por covid-19 e o que será agora? Isso já está passando dos limites. E não é só a população de Feira, temos que atender outros municípios também. É desesperador não poder resolver o problema”, lamentou.

Em resposta às declarações do diretor do HGCA, o secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Brito, informou que todas as unidades do município têm por obrigação atender a todos os pacientes que chegam.

“Claro que se as unidades estiverem superlotadas o tempo de espera vai ser longo. Há necessidade, sim, de se fazer uma triagem porque os casos graves sempre passam à frente dos demais. Eu me comprometi com Pitangueira a verificar essas unidades. E a primeira que já verifiquei me respondeu que isso não havia acontecido. Mas vamos fiscalizar essa situação, a Secretaria vai apurar”, esclareceu o secretário.
 

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