Feira de Santana
Secretaria de Meio Ambiente notifica cidadão por invasão a córrego no Tanque da Nação
A fiscalização notificou e solicitou à pessoa que se identificou como proprietária para que apresente a documentação.
19/07/2022 às 17h07, Por Laiane Cruz

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizou uma operação de fiscalização, na manhã desta terça-feira (19), junto com a Polícia Militar, em um terreno situado na Rua Manoel Matias, no bairro Tanque da Nação, em Feira de Santana, cuja área de preservação ambiental teria sido invadida.
De acordo com o Departamento de Planejamento e Educação Ambiental da Semmam, João Dias, a secretaria buscou identificar os responsáveis pela invasão da área, por onde passa o córrego Manoel Matias, o qual foi aterrado, mas ainda assim possui peixes.

“Já tem quase um mês que invadiram a área da nascente que dá origem ao córrego Manoel Matias. Pela lei a Semman pode agir através de denúncias ou verificação por meio de monitoramento, e eu monitoro a invasão de lagoas e nascentes. Passei lá monitorando e vi a invasão. Procurei identificar quem eram os proprietários, e uma parte é do pessoal de um colégio e outra do Tanque da Nação. Então sendo área de preservação permanente, é obrigação dos órgãos ambientais identificar o problema, ir lá fazer a inspeção, e notificar ou multar se for necessário, senão é crime de improbidade administrativa”, justificou João Dias.

A fiscalização notificou e solicitou à pessoa que se identificou como proprietária para que apresente a documentação.
“A área de preservação ambiental é direito público, muitas vezes a pessoa é dona, mas não pode construir nem fazer intervenções. Essa pessoa deixou transparecer que um dos proprietários estava com a intenção de construir, pois chegou a colocar terra no riacho. Ele não iria receber a autorização porque os órgãos ambientais não mais autorizam, exceto quando é uma obra de utilidade pública, como hospitais, centros de pesquisa, universidades, escolas, avenidas, praças, alguns casos. Sendo córrego perene ou intermitente não se pode construir, porque precisamos preservar a água, e é proibido por lei federal”, esclareceu.
Ainda conforme João Dias, a área corresponde à antiga fazenda Olhos D’Água, que tinha três quilômetros de largura por seis de comprimento, além de dez lagoas.
“Porém, não tem mais nenhuma lagoa na fazenda, mataram todas. A última foi do Tanque da Nação. Estão matando todas as nascentes e os córregos, e aqui no Tanque da Nação temos dois córregos, que são o Boa Vista, que enchia a fazenda, e o córrego Manoel Matias, que é onde estamos. Esses córregos estão aterrados e mesmo assim estão cheios de peixes. Tenho vídeos que a população mandou, e a obrigação do estado e do município é proteger as águas baseado na Lei 12.651, de 2012, que é o Código Florestal, o qual estabelece distâncias de construção e aqui neste riacho não se pode construir em cima e nem próximo”, salientou o chefe de fiscalização da Semman.

Ele chamou a atenção ainda da população para o cuidado com os riachos, as nascentes e os córregos do município.
“Existe uma alegação do proprietário, que aqui não é um riacho, mas o fato é que o riacho está aí e o município e o estado estão fazendo o papel de proteger o que é da comunidade. Vai ser feita uma notificação ao proprietário para apenas ele apresentar a documentação. Não é uma multa. Já estive aqui outras vezes conversando com as pessoas, pois é necessário que não só é o poder público que tem que cuidar do meio ambiente, as nascentes e os riachos. A coletividade também tem que ajudar. De tudo que há no planeta o mais importante é a água.”
Em entrevista ao Acorda Cidade, o proprietário do terreno declarou que ele e os irmãos possuem a propriedade desde 1974. Segundo ele, no local não existe um córrego, e sim um desvio de água feito após a construção do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
“São cinco irmãos donos dos terrenos, que têm 1.482 metros quadrados. De 1974 para cá dá 48 anos. Quando foi feito o SAC, foram jogando água e se tornou um riacho, porém não é nascente. Na verdade é um esgoto, pois fede. Teve um desvio na rua do sindicato para nosso terreno, essa água foi desviada para cá, tanto é que tem as manilhas”, justificou.
Com informações do repórter Ney Silva e da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.
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“Não é uma multa. Já estive aqui outras vezes conversando com as pessoas, pois é necessário que não só é o poder público que tem que cuidar do meio ambiente, as nascentes e os riachos. A coletividade também tem que ajudar.”
Sinto uma permutadora dúvida, qual o cuidado que o poder público municipal está tomando para conservação do meio ambiente? fiscalizar somente não basta. As poucas nascentes e os riachos que estão degradadas, em seu total abandono, e isso é visível. Fica meu questionamento sobre o cumprimento do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular.
Qual a lagoa ou córrego de Feira nós temos para outras geracoes? Se tiverem dúvidas pesquisem os alvarás de liberações para obras em lagoas….
Deveria fiscalizar uma lagoa que existe na mangabeira estão entulhando a lagoa e ninguém faz nada , agora se podar uma árvore aí aparece todo mundo