Feira de Santana
Sem imunizantes, vacinação contra a covid para crianças de 3 a 4 anos segue suspensa em Feira
Também não há previsão para a chegada da vacina bivalente, que protege contra a covid e a gripe ao mesmo tempo.
16/01/2023 às 19h32, Por Laiane Cruz
A vacinação para crianças de 3 a 4 anos contra a covid-19 continua suspensa em Feira de Santana, por conta da falta de imunizantes. De acordo com Carlita Correia, coordenadora-geral da Vigilância Epidemiológica (Viep), os postos estão enfrentando um desabastecimento dos imunizantes.
“A gente só tem vacina no momento normal para os adultos. Tivemos uma baixa na imunização nesses últimos dias, porque o Ministério da Saúde está decidindo sobre uma nova remessa de vacinas, que ainda vai ser comprada para distribuir para os estados, então o estado da Bahia também está aguardando. As vacinas para crianças o Ministério da Saúde ainda não enviou neste início de 2023”, informou.
Ela destacou ainda que não tem previsão para a chegada da vacina bivalente, que protege contra a covid e a gripe ao mesmo tempo.
De acordo com Carlita Correia, neste período de janeiro, em que muitas pessoas saíram da cidade para aproveitar as férias, houve também uma queda na procura por testes contra a doença.
Até o momento, segundo ela, apenas 53 casos foram confirmados dos testes realizados em 2023.
“Nós temos até o momento nesta primeira quinzena apenas 53 casos de covid, não tivemos também a busca por testagens. Então, dos casos notificados, apenas 53 até o momento foram confirmados e até o momento não temos nenhum óbito. Se compararmos janeiro de 2022 com janeiro de 2023, a gente teve uma queda bem acentuada neste ano. A gente entende que muitas pessoas estão ainda viajando, veraneando, mas o ano passado com a chegada da Ômicron em janeiro, mesmo com a cidade vazia, tivemos muitos casos confirmados no município.”
Carlita Correia observou que o número está menor em janeiro em Feira de Santana, porém não é possível ainda afirmar se essa redução se dá por conta da vacinação ou porque muitas pessoas estão fora da cidade.
“O número este ano é menor, comparado com o ano passado, e esse comportamento a gente não tem ainda uma precisão, se as pessoas estão ausentes da cidade ou se porque as pessoas imunizadas tendem a estar com covid de forma assintomática, portanto, não vão procurar uma unidade para testar e seguem normalmente sem saber. O problema todo é que pessoas assintomáticas naturalmente podem estar passando para outros, transmitindo, e permanecendo de forma assintomática por conta imunização e do grau de virulência dessa cepa que não é tão grande como as outras.”
Subnotificação
A coordenadora da Viep ressaltou que não é possível quantificar todos os casos em sua totalidade, uma vez que as pessoas estão se testando menos e os resultados obtidos através de testes comprados em farmácias não são comunicados ao órgão.
“A gente teve um número bem parecido, quase igual, em 2022 e em 2021 de casos confirmados. Em 2021, tivemos 32. 138 e um pouco mais em 2022 com 32.914. Esses números, claro, a gente sabe que muitas pessoas não testaram, ficaram em casa, passou o tempo de isolamento, muitos foram assintomáticos, e não temos como ter uma totalidade, até porque tem o autoteste que foi liberado pela Anvisa, de farmácia, esses não são contabilizados pela secretaria. E a gente entende que a Ômicron tem uma capacidade de contaminar muito mais que as outras cepas, e em virtude disso, a gente tem o aumento em 2022 dos casos de covid.”
Em relação às mortes, em 2021, o número de mortes foi muito maior que em 2022, avaliou Carlita Correia.
“As cepas se apresentavam de forma mais letal, ainda era o princípio da vacinação, que foi fazendo que com essas cepas desaparecessem. O Lacen (Laboratório Central) continua fazendo o sequenciamento genético em todos os pacientes que fazem o RT-PCR quando descobrem que tem algo para ser investigado, e aí a gente consegue ver nas linhagens que tipo de Cepa se trata. Em Feira de Santana, temos somente a Ômicron e suas subvariantes, então ela não tem um grau de letalidade igual às outras cepas, e temos bem menos casos de morte.”
Conforme a coordenadora da Viep, a covid atinge a todos os públicos e não há mais essa separação nos dados. Ela destacou que apesar da sensação de normalidade, é preciso manter a vigilância, pois a pandemia ainda não foi extinta.
“No início da pandemia tínhamos a separação de público, hoje em dia a gente não tem mais, a cepa que está no momento, afeta tanto crianças, quanto bebês, adultos, a população de forma geral. A gente tem que viver em um momento de alerta e bem vigilante, porque a covid ainda não foi extinta, não conseguimos eliminar o vírus. Como a gente sabe que não foi eliminado, temos que continuar o estado de vigilância, orientando a população com sintomas gripais que procurem uma unidade, porque dessa forma que a gente testar e identificar qual o tipo de cepa, qual tipo de variante ou subvariante que está circulando no município.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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