Cuidado com a saúde

Saiba como se proteger das doenças cardiovasculares durante o inverno

Segundo o médico Edval Gomes, insuficiência cardíaca, falta de ar e inchaço no corpo, são alguns dos sintomas das doenças.

01/08/2023 às 20h48, Por Gabriel Gonçalves

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Doenças Cardiovasculares
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As temperaturas mais baixas do inverno acendem alertas para as doenças. Segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia, é necessário manter a preocupação também com o coração, e são apenas para gripes e feriados, pois neste período há um aumento das doenças cardiovasculares.

De acordo com a entidade, o crescimento pode chegar a 30% nos casos de infarto agudo do miocárdio e 20% nos casos de AVC, Acidente Vascular Cerebral.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com o médico cardiologista Edval Gomes que explicou quais são as relações do frio com as doenças do coração.

Médico Edval Gomes
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Existem diversos estudos internacionais de longa data identificando uma relação entre as baixas temperaturas e o aumento de infartos e de mortes súbitas. Isso é mais verdadeiro naqueles países onde existem diferenças entre as estações do ano, por exemplo na América do Norte, na Europa, e assim por diante. É possível que represente ou ilustre as alterações que ocorrem lá dentro do corpo do ser humano, por exemplo, o indivíduo que está exposto às baixas temperaturas apresenta uma alteração na coagulação do sangue, existem alterações do ponto de vista inflamatório que também está alterado nesses indivíduos nas temperaturas mais baixas, indicando que existem alterações realmente no funcionamento do corpo humano, além disso, existe um comportamento que se torna diferente enquanto você na temperatura agradável, como a nossa, você vai para a rua, você sai, você faz todas essas atividades normais na baixa temperatura. O indivíduo faz menos atividades físicas, esse indivíduo fica mais aglomerado em setores fechados como escritórios, escolas, transporte público e tudo isso aumenta um pouco a chance de infecções, e as infecções não deixam de ser gatilhos para essas doenças também, portanto, a baixa a temperatura pode gerar mudanças no seu corpo e mudanças no seu comportamento que podem estar por trás dessa observação”, explicou.

Doenças cardiovasculares mais comuns no inverno

O médico Edval Gomes fala sobre doenças comum no período.

“As doenças mais comuns é insuficiência cardíaca, chamado popularmente de coração inchado, então este indivíduo apresenta a falta de ar ao fazer esforços, apresenta inchaço no corpo, aquele edema nas pernas, aumento da circunferência abdominal, um pouco de líquido na barriga, a barriga d’água, dificuldades para dormir um pouco, falta de ar ao deitar, e insuficiência cardíaca. O infarto agudo do miocárdio que é aquela dor no peito, aquele mal estar no peito, aquele sentimento diferente no tórax e que implica em obstruções arteriais do coração. A morte súbita que é aquele indivíduo que aparentemente está bem e eventualmente ele tem um mal súbito e morre rapidamente, às vezes sem sequer ter condições de fazer atendimento médico, essas são as doenças mais comuns assim do ponto de vista cardiovascular, poderíamos acrescentar ainda as doenças cerebrovasculares que estão intrinsecamente, então muito perto assim das doenças cardiovasculares isoladamente como, por exemplo, um AVC, que são os derrames que também têm comportamentos e fatores de risco e evoluções muito próximas dessas outras doenças que eu chamei a atenção”, destacou.

Médico Edval Gomes
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Como evitar as doenças?

Caso o paciente seja diabético ou hipertenso não pode deixar de realizar os tratamentos e, segundo o cardiologista, por mais que esteja frio, não é recomendado suspender as atividades físicas.

“O indivíduo que tem já a doença conhecida ou que já tem fatores de risco conhecidos, fazer o tratamento, não pode abandonar este tratamento, se tem pressão alta tem que manter seu remédio, se tem diabetes tem que manter seu remédio, se você já teve um infarto, não pode hipótese nenhuma abandonar o seu tratamento, este é o primeiro ponto. O segundo ponto, é a atividade física, deve manter, porque essa história de que está frio, está chovendo um pouco e não faz atividade, isso é uma armadilha muito grande. Então se a pessoa realiza atividades ao ar livre, que procure fazer uma atividade neste período dentro de uma academia, mas não deixe de fazer. Outra coisa é alimentação, tem que ser saudável, então o indivíduo fica mais em casa, não sai tanto, diminui a atividade física e o indivíduo solto dentro de casa acaba se alimentando mais, comendo mais bobagem, então é um outro problema na perda do controle da alimentação, se a gente já tem um controle dos fatores riscos das doenças, se o indivíduo faz suas atividades físicas, se o indivíduo faz uma alimentação saudável, não tá exagerando em álcool, se o indivíduo não fuma, tudo isso aí vai contribuir para a saúde cardiovascular”, pontuou.

Segundo o médico cardiologista, o infarto é mais predominante em homens e chamou a atenção do envelhecimento saudável.

“O infarto é mais predominante em homens, já as mulheres, têm uma certa proteção para os infartos, isso diminui muito após a menopausa. Veja que a gente vê mais viúvas do que viúvos, então as mulheres têm uma certa proteção à medida que elas envelhecem a sua menopausa, o risco fica muito equivalente entre os dois. O principal fator de risco nosso, é a idade. Cada ano que a gente vive graças a Deus a gente vai vivendo cada vez mais, mas à medida que a gente envelhece, cada vez que a gente aumenta a expectativa de vida da população, é esperado que aumente também a taxa de infartos e de complicações vasculares. Essas doenças cardiovasculares e as oncológicas tem muita relação com envelhecimento populacional, é o efeito colateral, é uma moeda e a gente vive mais de um lado que é um lado positivo, por outro lado a gente sofre das doenças, do envelhecimento e aqui no caso as doenças circulatórias”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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