Feira de Santana

MP pode intermediar diálogo entre estado e município para resolver sobre cirurgias de câncer de cabeça e pescoço

Segundo o promotor, o MP está levantando informações sobre o assunto.

02/12/2023 às 06h40, Por Rachel Pinto

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Foto: Divulgação

A suspensão das cirurgias de câncer de cabeça e pescoço há dois meses pela Santa Casa de Misericórdia em Feira de Santana foi um assunto que repercutiu bastante e trouxe à tona o retrocesso na saúde pública e em um trabalho que é realizado desde 2009 no município.

A Santa Casa de Misericórdia informou que protocolou um documento no dia 30 de agosto para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informando sobre a situação, especialmente sobre as dificuldades financeiras enfrentadas em relação aos custos dos procedimentos, mas que não teve retorno. Já, a SMS disse ao Acorda Cidade que é preciso que a Santa Casa de Misericórdia explique detalhadamente qual tipo de apoio que necessita para dar continuidade aos atendimentos.

O problema chamou a atenção da população que passou a questionar sobre a intervenção do Ministério Público no assunto.

Nesta sexta-feira (1º), o promotor do MP, Audo Rodrigues, em entrevista ao Acorda Cidade, informou que o órgão já tinha conhecimento da situação desde o dia 14 de novembro, antes mesmo da veiculação de notícias pela mídia, através de uma representação anônima realizada por e-mail e que está diligenciando ações e solicitando informações da Santa Casa de Misericórdia com o objetivo de entender o que ocorre. Segundo ele, um ofício também foi enviado à SMS em busca de mais informações.

Ele destacou que o MP está na fase inicial de entender o que está acontecendo e que tem informações extraoficiais de que as dificuldades para a realização das cirurgias de cabeça e pescoço acontecem devido a defasagem na tabela do Serviço Único de Saúde (SUS).

Audo Rodrigues pontuou que o órgão pode intermediar um diálogo com o estado e o município em busca de melhorar os valores pagos nestas cirurgias.

“A gente tenta ser resolutivo, o caminho judicial nem sempre é o mais adequado, o mais célere. Um exemplo que temos foi a Micareta que o estado se uniu ao município. A gente não vai parar e precisa ter uma solução dessa demanda. Já estava na nossa mesa e acrescentou mais uma necessidade de urgência em relação a isso”, declarou.

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  1. O governador vai afirmar que o problema é da prefeitura e o prefeito também fará o mesmo.
    Quem sofre com isso ? Os pacientes carentes que não têm plano de saúde.
    Política é o fim. Saúde não gera votos !

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