Feira de Santana

75,8% das vítimas de acidente atendidas no Hospital Clériston Andrade sofreram queda de moto

De acordo com a diretora-geral da unidade, Cristiana França, a demanda cresce significativamente durante os finais de semana.

24/05/2024 às 16h14, Por Acorda Cidade

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Hospital Clériston Andrade alcança mais de 200 mil procedimentos em 2023
Foto: Ascom

O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, registra um índice significativo nos atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito, com um foco alarmante em acidentes envolvendo motocicletas. Este dado ressalta a importância da campanha “Maio Amarelo”, cujo tema deste ano é “Paz no trânsito começa por você”, promovendo a conscientização e a responsabilidade individual como chave para a redução de acidentes. De acordo com a diretora-geral da unidade, Cristiana França, a demanda cresce significativamente durante os finais de semana, quando dezenas de vítimas de acidentes de moto procuram a urgência e emergência do hospital.

Entre janeiro e abril de 2024, o HGCA atendeu 1.436 vítimas de acidentes de trânsito. Desse total, 1.089 foram acidentes de moto, representando 75,8% dos casos. Os acidentes envolvendo automóveis somaram 171, seguidos de 100 acidentes com ciclistas e 74 com pedestres.

Diretora do HGCA
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

Cristiana França destaca a gravidade dos casos atendidos: “As vítimas de acidentes de moto geralmente sofrem politraumas, fraturas múltiplas, amputações e Traumatismo Craniano Encefálico (TCE), muitas vezes devido à falta de uso de capacete, o que agrava os ferimentos na cabeça.” A maioria dos pacientes passa menos de 24 horas internada, com 82% recebendo alta nesse período. No entanto, 2% dos casos resultam em óbito.

Os dados do HGCA mostram que 575 pacientes sofreram politraumatismos, 325 tiveram fraturas únicas, e 126 apresentaram traumas de face. Outros tipos de ferimentos incluem escoriações, contusões, amputações traumáticas e queimaduras. Os traumatismos cranianos atingiram 138 pacientes.

Ainda de acordo com a diretora, a maioria das vítimas são homens em idade produtiva até 44 anos, o que representa uma perda significativa para a força de trabalho. Ela enfatiza a necessidade urgente de campanhas de educação no trânsito para reduzir esses números alarmantes: “Precisamos de um esforço conjunto para educar a população sobre segurança no trânsito. A imprudência e a falta de equipamentos de proteção estão colocando vidas em risco e sobrecarregando o sistema de saúde.”

Feira de Santana, sendo um importante entroncamento rodoviário, atrai tráfego de diversas regiões. Além dos acidentes locais, o HGCA recebe vítimas de 126 municípios pactuados. Destes, os municipios de Conceição do Coité, Coração de Maria e Santo Estevão, estão entre os que mais enviam pacientes vítimas de acidentes de trânsito para o HGCA.

Reforma e Ampliação do Setor de Ortotrauma do HGCA

HGCA
Foto: Ascom

Em resposta ao aumento da demanda e à necessidade de melhorar o atendimento, o HGCA está passando por uma significativa reforma e ampliação em seu setor de ortotrauma. O diretor administrativo, Caio Pereira, compartilhou detalhes sobre essa importante iniciativa: “Estamos ampliando nossas instalações e modernizando os equipamentos para oferecer um atendimento mais eficaz e ágil. A reforma permitirá acomodar um maior número de pacientes com mais conforto e segurança, além de melhorar as condições de trabalho para nossa equipe.”

HGCA
Foto: Ascom

O diretor ressalta que “o objetivo é reduzir o tempo de espera e proporcionar um tratamento mais adequado às vítimas de acidentes de trânsito, que representam uma grande parte dos atendimentos em nossa unidade”, afirmou.

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  1. Moto é um transporte perigo, mas não é somente essa a questão. A maioria deve ser jovens, que andam bagunçando, andando de uma roda, sem respeitar nada no trânsito, pilotam com muita imprudência. Sou motociclista a muitos anos e falo isso pelo que vejo nas ruas.

  2. Sinceramente ainda existe pessoas que usa moto sem capacete deveria ser presa, sofre um acidente e prejudica a pessoa que fica na fila da atendimento.

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