Má alimentação e estresse podem influenciar na saúde do aparelho digestivo, alerta médico endoscopista

Nesta quarta-feira (29), é celebrado o Dia Mundial da Saúde Digestiva. A data instituída pela Organização Mundial de Gastroenterologia é de suma importância, em todo o mundo, para conscientizar a população sobre manter o aparelho digestivo saudável, além da mobilização para o diagnóstico e tratamento precoce das doenças.

Segundo dados da Organização, cerca de 20% da população mundial sofre com problemas digestivos e 90% não busca atendimento médico. Apesar do percentual de pacientes que não recorrem ao atendimento especializado nos problemas digestivos, os tratamentos e diagnósticos têm contado com métodos avançados e profissionais capacitados.

Sobre a importância de conhecer sobre as doenças do aparelho digestivo, além dos avanços da medicina e o tratamento destas doenças, em alusão ao Dia da Saúde Digestiva, o Acorda Cidade conversou com o médico endoscopista Victor Galvão.

Em um bate-papo esclarecedor no Programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News, Victor Galvão evidenciou as principais doenças inflamatórias intestinais e seus principais sintomas.

“As doenças inflamatórias são doenças autoimunes, multifatoriais e as principais são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Existem algumas diferenças básicas, mas o que a gente sempre tenta alertar é para a suspeita inicial, não deixar chegar em casos drásticos como obstrução e sangramento, então se o paciente tem obstrução intestinal, tem gases e isso incomoda, ou principalmente se tem diarreia por mais de duas semanas e tem muco, isso deve ser chamado atenção e o gastroenterologista e endoscopista deve ser consultado para que faça o exame e o diagnóstico. Mas essa condição, pode ser apresentada até com sangue nas fezes, dor abdominal prolongada ou diarreia. A doença Crohn acomete todo o aparelho digestivo, pode acometer da boca ao anûs e as duas doenças podem ter manifestações fora do intestino também”, disse.

Causas

Além das doenças que acometem o aparelho digestivo, a conscientização sobre as causas destes problemas podem reduzir em larga escala a sua aparição ou caso surjam, ajudar a tratá-las. Segundo o médico endoscopista, os problemas que afetam o estômago, podem ser causados por diversos fatores como infecções, estresse, e a alimentação e o hábito de cuidar da saúde podem prevenir as doenças intestinais.

Apesar de que há um aumento do diagnóstico dessas doenças, Victor Galvão também salientou que como parte positiva das aparições, elas podem ser tratadas se diagnosticadas com maior facilidade a partir da evolução de profissionais e equipamentos.

“É um misto de melhores aparelhos, médicos mais treinados de doenças que têm sido diagnosticadas ou descritas de forma mais precoce, como também alertamos para o autocuidado da população, do que comer, de manter um peso saudável, do gerenciamento de estresse que sabemos que é difícil lidar com a pressão. Então tanto melhorou sobre o conhecimento das doenças e de diagnóstico, como a população está submetida a um nível de estresse maior, além dos riscos na alimentação. Um diagnóstico bem feito é crucial no tratamento, então atualmente temos endoscopistas mais treinados e sou entusiasta da educação continuada, tenho a felicidade de realizar um sonho de hoje estar à frente de dois serviços na área com colegas de residência médica. Então, temos a missão de formar bons especialistas e quem ganha também é a população. Então, atualmente temos bons métodos endoscópicos e também estão sendo investidos em novos endoscopistas”, contou.

Na entrevista, o médico falou ainda sobre como a inteligência artificial pode ser uma aliada no tratamento de pacientes com problemas digestivos, bem como a utilização de recursos modernos pode garantir a recuperação e melhora da saúde de diferentes públicos.

O médico endoscopista também relatou sua experiência à frente de grandes unidades de saúde de Feira de Santana que estão aliadas a formação de médicos na área, como também no tratamento de pacientes.

Confira a entrevista completa com o médico Victor Galvão abaixo:

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