Saúde

Infectologista orienta sobre prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis

Essas infecções são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, que são sexualmente transmissíveis.

28/11/2022 às 12h43, Por Iasmim Santos

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Distribuição de preservativos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) estão entre os problemas de maior impacto sobre os sistemas públicos de saúde e sobre a qualidade de vida das pessoas no Brasil e no mundo.

Essas infecções são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, que são sexualmente transmissíveis. Dentre elas estão a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C, podendo, a depender da doença, evoluir para graves complicações.

Módulos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 apontaram que aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.

Infectologista Melissa Falcão fala sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (Foto: Ney Silva/Acorda Cidade)
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A infectologista Melissa Falcão destacou ao Acorda Cidade as principais formas de prevenção.

“Hoje temos a chamada Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A prevenção pré-exposição é para aquelas pessoas que possuem um risco maior de aquisição, como os profissionais do sexo, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas que tenham uma grande quantidade de parceiros, em um período curto de tempo, pessoas que são sorodiscordantes, ou seja, o marido tem e a mulher não tem, ou o namorado tem e a namorada não. Essas pessoas têm o direito de pegar o medicamento preventivo, que deve ser utilizado continuamente, um comprimido, uma vez ao dia,” orientou.

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, conhecido como HIV, é uma infecção viral que destrói progressivamente alguns glóbulos brancos do sangue e pode provocar a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Conforme alertou doutora Melissa, a prevenção para o HIV não exclui o risco de contrair outras doenças, como Síflis e Hepatite.

“Mesmo essas pessoas que tomam medicamento, precisam continuar usando preservativo, porque outras doenças sexualmente transmissíveis estão aí também e muitas vezes são adquiridas simultaneamente,” disse.

Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), segundo dra. Melissa, são para aquelas pessoas que se expuseram a risco, como em casos de estupro, casos de violência sexual, em casos nos quais a pessoa estava ingerindo bebida alcoólica e não se preocupou de usar o preservativo e depois ficou com receio de ter adquirido ou não.

“Orientamos que sempre tenha prevenção, para que não surjam problemas futuros relacionados àquela relação,” pontuou.

A Profilaxia Pós-Exposição não é indicada apenas para casos envolvendo relação sexual, mas para qualquer situação na qual a pessoa foi exposta ao risco de contrair alguma doença.

“Acidente perfurocortante; um profissional do hospital, se caiu por exemplo sangue dentro do olho quando estava realizando uma coleta; um profissional de limpeza pública que tenha recolhido algum lixo e se furou; alguém que se furou com uma agulha na rua, qualquer situação de risco é possível fazer essa profilaxia pós-exposição. E muitas vezes, quando tem uma relação ou um acidente desse, o risco da transmissão, principalmente, da Hepatite B é maior do que o do HIV,” informou.

Prevenção

A vacina contra Hepatite B existe para evitar a contaminação.

“A vacina faz parte do calendário básico, mas para aquelas pessoas que não tomaram na infância podem procurar uma Unidade de Saúde e atualizar sua vacinação,” esclareceu.

Centro de Testagem e Aconselhamento

O teste rápido é feito por meio de uma única coleta e serve para identificar doenças como HIV, Síflis e Hepatite B e C.

“Ao mesmo tempo pode ser verificado essas quatro infecções.”

Transmissão

O uso do preservativo continua sendo a maneira principal para evitar algumas doenças sexualmente transmissíveis.

“Vimos, recentemente, a Varíola dos Macacos que também está sendo transmitida por meio sexual, pelo contato de lesão com lesão, então mesmo com o preservativo, existe o risco de adquirir algumas infecções, como o HPV, quando se tem uma verruga fora da região coberta pelo preservativo, na região do testículo, nessa parte da genitália, também tem um risco de adquirir, mesmo com o preservativo, mas a quantidade de doenças dessa maneira é muito menor,” abordou.

O sexo oral também é outra forma de transmissão de doenças.

“A pessoa pode receber até a infecção por HIV por meio do sexo oral se a pessoa estiver com uma carga viral muito elevada, então, sempre é importante ter muito cuidado em relação a suas práticas sexuais,” concluiu.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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