Saúde
Idosa de 78 anos aguarda regulação para o HGCA há 5 dias
Maria Derlamina está internada, desde domingo (14), por conta de uma infecção na perna, chamada Erisipela.
19/08/2022 às 20h25, Por Iasmim Santos
A idosa Maria Derlamina de Malta Pereira, 78 anos, está internada na policlínica do Parque Ipê, em Feira de Santana, desde de domingo (14) por conta de uma infecção na perna. Conforme constatações médicas Dona Maria Derlamina está com uma doença chamada Erisipela.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a erisipela é uma condição inflamatória que atinge o tecido da pele. Habitualmente, a erisipela está relacionada a um fator chamado “porta de entrada”, como úlcera venosa crônica, pé de atleta, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas.
A partir dessa porta de entrada, bactérias penetram na pele, atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalham facilmente com muita velocidade. Pessoas com baixa condição imunológica, obesas e com má circulação são as mais suscetíveis.
Infelizmente, a policlínica do Parque Ipê não possui suporte para atender às necessidades que o quadro de saúde da idosa exige, como aponta Laís Santos, neta de Maria Derlamina.
“A policlínica do Parque Ipê não tem suporte nenhum, esses dias não tem medicação na unidade e a gente precisa da regulação pra minha vó para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Ela está com uma perna muito infeccionada, bolhosa, vermelha e estamos com medo de ter que fazer a amputação dos pés,” detalhou Laís ao Acorda Cidade.
Laís Santos é moradora do bairro Queimadinha, no entanto, sua avó não teve como ficar lá na policlínica do bairro, por conta da ausência de vagas e foi orientada a levar dona Maria Derlamina até a policlínica do Parque Ipê, no entanto, a instituição médica na qual a sua avó está internada não possui o suporte necessário que o quadro da idosa necessita.
“A policlínica está sem medicação, sem cuidados paliativos, sem atualização do relatório médico, que a gente precisa para o Estado verificar o quadro clínico de saúde dela, para ela poder ser transferida o mais rápido possível. Mas no momento a informação que recebemos da assistente social é que eles estão tentando essa regulação para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas a gente sabe que no fundo ela não está tendo a assistência adequada lá na policlínica e não tem recurso necessário para ela.”
A neta de dona Maria faz um apelo pedindo a transferência da sua avó, o mais rápido possível. “Estamos vendo que a situação dela está se agravando, está no oxigênio, usando fraldas, sem cuidados paliativo como curativos, medicação que é o essencial para a dor e não tá tendo.”
A nora da idosa, Marlene Novaes Oliveira, diz que o relatório médico atual não condiz com o quadro de saúde da sua sogra e ressalta que dona Maria está debilitada e sentindo muitas dores.
“Fomos a Secretaria recorrer atrás de uma vaga, e lá consta que o relatório diz que ela está com um quadro estável, que está se alimentando, não está sentindo dor e na verdade ela não está se alimentando. Está sofrendo com muitas dores, vomitando, não tem nem antibiótico para ela, somente, hoje, depois que tive lá foi que apareceu a morfina e um óleo de girassol para passar nas pernas”, disse.
Segundo a neta Laís Santos, a idosa sente muitas dores e mesmo tomando morfina as dores não passam.
Até o momento não existe possibilidade de transferência para o HGCA
“Essa regulação não ocorreu ainda, eu conversei com a médica que me disse que não poderia mentir, que ela tinha que dizer a verdade, eu falei para ela que eu só queria que ela falasse que a minha sogra tem erisipela, o que já tinha sido constatado, ela tem que falar a verdade, porque no relatório não tem”, enfatizou Marlene Oliveira.
Marlene aborda que sua sogra não apresenta melhoras e que estão precisando realizar a transferência dela o quanto antes. A nora teme que a idosa tenha que amputar a perna.
A neta de dona Maria disse ao Acorda Cidade, que até o momento não obteve atualização do relatório. “O médico da policlínica disse que ia atualizar o quadro clínico em relação ao relatório, mas até o momento sem resposta.”
O Acorda Cidade entrou em contato com a Central de Regulação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e aguarda retorno.
Com informações do repórter Ed Santos.
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