Funcionários do CSE suspendem atendimentos por falta de pagamento

Os funcionários do Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Coelho, localizado na Rua Professor Geminiano Costa, próximo ao Feira Tênis Clube em Feira de Santana, suspenderam os atendimentos na manhã desta segunda-feira (13).

A manifestação foi motivada pela falta de pagamento referente aos meses de janeiro e fevereiro.

Em entrevista ao Acorda Cidade, uma das funcionárias que preferiu não se identificar, informou que a empresa Imaps era a responsável pela administração, mas o contrato foi rescindido.

“Já temos dois meses sem salários, de janeiro e fevereiro. A gente vai na secretaria de Saúde, a secretaria empurra para a prefeitura, a prefeitura empurra para a Câmara de Vereadores, fica nesse jogo de empurra. Todos os funcionários eram pagos pela empresa Imaps, mas essa empresa saiu, e quem entrou agora foi a S3 desde o dia 10 de março. São mais de 50 funcionários que aqui trabalham”, informou.

Moradora do Conjunto Feira X, uma senhora que se identificou comoFrancisca contou à reportagem do Acorda Cidade que chegou na unidade por volta das 7h, mas irá retornar para casa sem realizar o exame.

“Eu cheguei aqui por volta de 7h, vim fazer um exame de retinografia que já estava marcado, mas quando chego aqui, os portões estão trancados e agora não sei quando este exame será feito”, afirmou.

O vereador Ivamberg Lima (PT) esteve no local e destacou que este é um dos absurdos que estão acontecendo na saúde pública de Feira de Santana.

“Inicialmente eu posso dizer que o que está acontecendo na cidade, é um absurdo. A saúde está sendo tratada como não deveria ser e eu já falei isso na Câmara. O que mais choca são estes funcionários que estão com dois meses de salários atrasados. A Imaps encerrou o contrato, eles continuaram trabalhando e agora a S3 assumiu, porém este pagamento da S3 só vai ser pago lá em abril, mas e janeiro e fevereiro? A única responsabilidade da Câmara foi ter aprovado o orçamento de dois milhões para o prefeito, aprovamos o remanejamento com 40% e ele deixa isso acontecer. O prefeito é médico e está deixando isso acontecer”, afirmou.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, o prefeito informou que já está ciente da situação e explicou que a Procuradoria do Município já está tomando as providências.

“Nós estamos com uma operacionalização de licitações emergenciais, conseguimos fazer duas e uma terceira deu problema, provavelmente tenha sido isso. Essas licitações emergenciais estão sendo feitas, porque todos sabem, no final do ano passado, a Câmara só liberou o orçamento no dia 6 de dezembro, então nós tivemos atrasos durante um bom período do ano passado, tanto que em janeiro só tivemos 1/12 avos. Mas nós estamos vendo com a Procuradoria, da mesma forma como se pagou lá em 2018, quando uma cooperativa foi extinta, então estamos buscando soluções semelhantes para que assim, seja possível resolver”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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