Feira de Santana

Dia Mundial de Doação de Leite Humano: conheça o trabalho realizado no Hospital da Mulher

Atualmente, pouco mais de 170 litros estão disponíveis no estoque do Banco de Leite.

19/05/2023 às 08h07, Por Rachel Pinto

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Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Nesta sexta-feira, dia 19 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, uma iniciativa para a proteção e promoção do aleitamento materno, voltada para a sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano.

No Hospital da Mulher em Feira de Santana, existe o Banco de Leite Humano (BLH), que tem como objetivo, alimentar os recém-nascidos que estão internados na unidade.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a enfermeira e coordenadora do BLH, Nadja Vieira, informou que atualmente a unidade está com 174 litros de leite, mas o ideal é que no mínimo, fossem 600 litros.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Nosso estoque está com cerca de 174 litros de leite, mas para que a gente possa trabalhar com um pouco de tranquilidade, o ideal seria uns 600 litros e mesmo com esta baixa em nosso estoque, nós estamos conseguindo alimentar estes bebês que estão aqui no hospital e nós temos também 56 mães doadoras externas que fazem parte desta campanha e o tema deste ano que o Ministério lançou foi: Um pequeno gesto que pode alimentar um grande sonho, doe leite materno'”, disse.

Doações

De acordo com Nadja, o Hospital da Mulher também tem uma parceria com o Corpo de Bombeiros que faz a coleta do leite.

“A gente tem uma parceria com o Corpo de Bombeiros, são duas bombeiras treinadas que vão até a residência destas mães, elas não precisam vir até o Banco de Leite, basta ligara para o (75) 3602-7156, que nós vamos até a casa destas pessoas. Lá no momento, as bombeiras realizam um cadastro com os dados pessoais, se fez pré-natal na época, se ela teve alguma intercorrência, olham os exames de sangue e após isso, vão orientar como elas devem retirar esse leite, depois congelar, porque uma vez na semana, o carro faz a rota e recolhe todas estas doações. Bom lembrar também que nós entregamos um KIT com touca, máscara, frasco estéreo para que esta mãe possa realizar o procedimento”, explicou.

Processos

Segundo a coordenadora do BLH, após a coleta do leite, o material passar por um processo, até que seja distribuído para o recém-nascido.

“Quando este leite que é doado chega aqui no Banco, ele passa por todo um processo de qualidade. A gente avalia a sujidade, a integridade do frasco, o cheiro, a gente avalia também a acidez e avaliamos o teor de gordura. Após tudo isso, esse leite é pasteurizado, aguardamos o resultado do laboratório para verificar se este leite teve coliformes fecais e só depois é distribuído para as crianças que estão na UTI”, informou.

Dificuldades para amamentar

Além de ser um Banco de Leite Humano, o local também oferece serviços para a prática do aleitamento. Segundo Nadja, qualquer mãe que esteja tendo dificuldades, deve procurar atendimento para ser orientada.

“Toda mãe produz leite, basta que ela seja estimulada. Para isso, ela precisa buscar um serviço especializado e aqui em nosso Banco de Leite Humano, é porta aberta, a gente atende qualquer mãe que esteja com dificuldades com o aleitamento materno. Às vezes a mãe acha que não está produzindo, mas na verdade a criança pode não está sugando perfeitamente, portanto, ela precisa desse acompanhamento para ser orientada”, afirmou.

Importância do leite materno

Um dos principais elementos presentes no leite materno, é a presença de anticorpos que é passada para a criança.

“O ministério preconiza aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e continuar a amamentação até os dois anos de idade, então a importância do leite materno, é porque ele contém tudo que a criança precisa. O leite materno no início é o colostro, que é o leite que a gente costuma dizer que é a primeira vacina do bebê, mas na verdade é o leite mais importante para a criança porque ele contém anticorpos, e a mãe passa para a criança esses anticorpos para proteger a criança de possíveis infecções”, destacou a enfermeira.

Mãe de primeira viagem, Maynara Barros Silva está acompanhando a primeira filha Maitê Giovanna, que nasceu no dia 30 de abril, mas ainda está ganhando peso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Mulher.

Ao Acorda Cidade, ela contou que recebeu todo acompanhamento da equipe e já está contando os minutos para amamentar a filha no colo.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Minha filha ainda não pode ser amamentada por mim, porque ela nasceu prematura com seis meses, então ainda está na UTI ganhando peso, respirando por aparelhos, mas aos poucos eu já estou aprendendo as técnicas da amamentação, não é difícil e tudo se torna fácil com amor e carinho. Além dE amamentar minha filha, eu também irei fazer doações aqui no Banco de Leite, porque existem muitos bebês aqui internados e que não podem ser amamentados pelas mães. Eu amei toda a equipe aqui do Hospital da Mulher, me acolheram bem, cheguei desesperada, chorando, mas já me acalmaram, até porque é minha primeira filha, mas estou feliz. Meu coração está feliz, está ótimo, mas infelizmente ainda não tem previsão para receber alta”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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