Black Friday

Saiba o que fazer para não cair em golpes durante a Black Friday este ano

No centro de Feira de Santana, diversas lojas dos mais variados seguimentos também já começaram a anunciar ofertas em virtude da Black Friday.

24/11/2021 às 10h44, Por Gabriel Gonçalves

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Laiane Cruz

Neste ano, a campanha de preços promocionais Black Friday está marcada oficialmente para acontecer no dia 26 de novembro, em todo o Brasil. No entanto, os consumidores já podem acompanhar diversos anúncios com produtos em liquidação tanto nas lojas físicas quanto em sites na internet.

No centro de Feira de Santana, diversas lojas dos mais variados segmentos também já começaram a anunciar ofertas em virtude da Black Friday. São roupas, calçados, eletrodomésticos, móveis, perfumaria, brinquedos, aparelhos eletrônicos, serviços, com preços que podem seduzir o consumidor, tanto para uma boa compra quanto para um mal negócio.

Fique atento

O advogado especializado em direito do consumidor Vinicius Bacelar estima que os descontos nos preços dos produtos podem chegar até 80% durante a Black Friday, sobretudo na internet, onde a campanha alcança um patamar de vendas muito maior que nas lojas físicas.

Para este ano, apesar crise econômica e da alta dos preços em todo o mundo, há uma expectativa muito grande de vendas.

“Somente no ano passado, foram mais de 3 bilhões de reais em vendas. Esperamos que as empresas cumpram o que determina o código de proteção e defesa do consumidor, sobre todas as regras, vendendo seus produtos no preço correto, sem nenhuma manobra que venha a ludibriar o consumidor”, alertou o advogado.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Para não cair em golpes, principalmente ao comprar na internet, é preciso ter alguns cuidados ao acessar os sites desejados, como verificar a questão da segurança da página que está acessando e observar se há um alto número de reclamações em torno do serviço prestado por aquela empresa.

“É um pouco mais difícil, o consumidor cair em golpes presencialmente, porque ele está vendo o produto, está na loja. Já na internet, muitas vezes, o consumidor clica em links e cai em algumas conversas. Então a gente tem que muito cuidado e sempre tentar comprar em empresas confiáveis, conhecidas, em sites onde tenham o cadeado de segurança, procurar saber se a empresa tem muitas reclamações em sites como o Reclame Aqui, na ouvidoria da empresa, e também sempre acessar o site do Procon de São Paulo, porque lá tem uma ‘blacklist’, ou seja, a lista de empresas já notificadas e onde já se sabe que existem golpes”, orientou.

Outra dica importante, na avaliação de Bacelar, é acompanhar os preços praticados dos produtos desejados até o dia da Black Friday.

“Os preços de alguns produtos aumentaram, porque estamos vivendo uma crise mundial e também interna no Brasil, mas a expectativa é que existam boas promoções no dia da Black Friday, e o consumidor tem que estar atento à variação de preço e mais algumas dicas importantes para não cair em golpes. O consumidor, geralmente quando quer comprar um produto, acompanha o valor. É importante o consumidor saber quanto estava custando o produto antes da Black Friday, porque muitas empresas têm o costume de aumentar o preço do produtos e depois diminuir para dar uma sensação de que houve um desconto, quando na verdade foi apenas uma manobra”, salientou.

Gato por lebre

De acordo com o superintendente do Procon de Feira de Santana, Maurício Carvalho, no ano passado 27 reclamações foram registradas por golpes sofridos pela internet durante as compras da Black Friday.

Conforme o superintendente, o consumidor precisa se cercar de todas as informações necessárias antes de efetuar uma compra online.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“É necessário que se pesquise a página e printar a oferta naquele dia, com aquele valor. Compra pela internet é sempre arriscada, e a pessoa tem que diminuir a probabilidade de ser induzido ao erro. E para isso você tem que verificar o CNPJ, se está devidamente cadastrado na Receita Federal, observar o número de reclamações, printar a oferta e guardar isso para servir de prova. É preciso ter calma na hora de fechar uma compra”, aconselhou.

Em Feira de Santana, durante a campanha de liquidações, a busca maior dos consumidores continua sendo por eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. No entanto, é comum que determinadas ofertas não correspondam a uma verdadeira vantagem para quem está comprando.

“É comum acontecer do valor ser colocado como se fosse bem maior e com uma oferta que, na verdade, está correspondendo ao valor que vinha sendo praticado antes da promoção. O Procon faz esse trabalho de colher dados de um ano para outro. O Black Friday sempre tem uma data oficial, mas nós estamos observando que várias lojas já começaram a campanha durante o decorrer do mês. Então fica meio complicado, porque a gente não teve um dia D. Então a gente colhe dados. Mas a maior contribuição que o Procon pode dar nesse momento é estar aberto a receber as reclamações, registrar e abrir processos para resguardar o direito do consumidor, e acima de tudo, para orientar”, frisou o superintendente.

Ele destacou ainda que é preciso desconfiar de ofertas mágicas, com promoções totalmente fora do mercado para determinados produtos.

“Isso pode fazer com que você seja induzido a erro. O produto é aquele realmente que está sendo anunciado ou houve algum tipo de isca para trazer o consumidor para a loja e induzir a outra compra? Tudo isso são situações que a gente observa, e quando a gente detecta a irregularidade, o Procon abre um auto de constatação para que a empresa seja multada.”

Maurício Carvalho informou que a cotação de preços feita pelo serve como parâmetro para os próximos. No entanto, é importante que o próprio consumidor também faça isso.

“Ele pode printar, guardar, fotografar, verificar se o que está sendo anunciado é o que está sendo praticado na loja, ver se o preço está visível, se a promoção está bem explicada, porque ele tem o direito de comprar bem e com segurança.”

Os consumidores que sentirem prejudicados por alguma compra feita pela internet ou em lojas físicas podem se dirigir ao órgão, para reivindicar os seus direitos.

“Às segundas-feiras, ele pode entrar no aplicativo para agendar o atendimento. Atendemos cerca de 40 pessoas por dia, por meio do agendamento e com atendimento espontâneo. De janeiro até 15 de novembro, 5.142 reclamações, das quais 1.928 foram resolvidas no órgão, por meio das audiências de conciliação, o que corresponde a 38% das reclamações.”

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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