Feira de Santana

Professores da rede municipal comemoram determinação judicial que suspende corte de salários

A sindicalista Marlede Oliveira declarou que o corte foi até em 70% dos salários de 230 professores e ocorre desde abril do ano de 2020.

22/06/2021 às 12h23, Por Rachel Pinto

Compartilhe essa notícia

Rachel Pinto

Mesmo a prefeitura de Feira de Santana informando através do procurador Carlos Alberto Moura Pinho, que vai recorrer da decisão judicial publicada ontem (21), que suspende o corte de salários dos professores da rede municipal, a categoria foi até o paço municipal na manhã de hoje (22), para comemorar a sentença e dizer que também vai tomar suas providências em caso da interposição de novos recursos.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), a professora Marlede Oliveira, comentou sobre a comemoração e disse que o corte dos salários dos professores equivale a 201 milhões de reais que o prefeito Colbert Martins da Silva recebeu no ano passado e não prestou contas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Esse dinheiro tem que aparecer, tem que dizer onde está esse dinheiro porque se teve corte de até 70%, sobrou dinheiro, já se sabe que sobrou. Outro dia, mesmo quando tinha um conselho, descobriu-se que tinha 3 milhões de sobra, então não tem justificativa, porque o dinheiro da educação é carimbado. Vamos soltar foguete comemorando a nossa vitória. Já ganhamos duas vezes, agora ele tem uma liminar e essa liminar está sendo derrubada com a sentença que foi da ação de mandado de segurança que implantamos”, afirmou.

A sindicalista destacou em entrevista ao Acorda Cidade, que o corte foi até em 70% dos salários de 230 professores e ocorre desde abril do ano de 2020. De acordo com ela, todos os professores estão trabalhando em atividades remotas, mesmo com os salários cortados e sem a contrapartida da prefeitura em equipamentos e internet.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ganhamos a ação, sai uma sentença favorável para a categoria e ele continua reafirmando que não vai pagar. Recorrer é um direito dele. Iremos procurar nosso advogado hoje, o jurídico, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Estadual porque tem uma sentença e o governo desfaz dizendo que não vai cumprir a sentença publicada pela justiça. Nós também iremos tomar nossas providências jurídicas e exigir o pagamento imediato do corte dos salários”, acrescentou.

Questionada por que a APLB não faz movimento contra o governo do estado em relação ao reajuste salarial, Marlede Oliveira relatou que não há ações contra o estado porque não houve corte de salários.

“Porque o governo do estado não cortou salário, só Feira de Santana cortou, Tanquinho não cortou o salário, Riachão do Jacuípe não cortou o salário, Amélia Rodrigues não cortou. Qual o prefeito que cortou, me diga aí? Nenhum, só Feira de Santana cortou. A nossa luta é o corte de salário em plena pandemia, agora reajuste, não estamos aqui cobrando o reajuste não, estamos cobrando é que o governo devolva o dinheiro do corte de salários dos professores, que é diferente. O governador não cortou o salário do professor, desafio aqui um professor que tenha o salário cortado na pandemia pelo governador do estado. Agora reajuste não teve, tem um bom tempo, mais de cinco anos que não tem reajuste, isso é verdade”, encerrou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

Leia também:

Prefeitura irá recorrer à decisão judicial para pagamento do corte de salários dos professores da rede municipal


Justiça determina suspensão do corte dos salários de professores da rede municipal de Feira de Santana

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade