Brasil
Presos dois suspeitos de vender arma a atirador de escola
Onze das 12 vítimas do massacre foram enterradas ontem. O corpo da garota Ana Carolina Pacheco da Silva será cremado na manhã deste sábado, no Crematório do Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju.
09/04/2011 às 10h33, Por Andrea Trindade
Acorda Cidade
Dois homens foram presos na noite de ontem sob suspeita de terem vendido uma das armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira, 23, no ataque à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio. Doze estudantes morreram na ocasião.
Segundo informações da Divisão de Homicídios, a Polícia Civil encaminhou à Justiça um pedido de prisão preventiva contra os dois suspeitos. Eles foram localizados na noite de ontem e encaminhados para prestar depoimento, mas a corporação não informou detalhes.
O massacre na escola deixou 12 mortos –dez meninas e dois meninos. O atirador, que era ex-aluno da unidade, se matou após o crime. Também há dez alunos internados em seis hospitais do Rio. Alguns deles estão em estado grave.
Onze das 12 vítimas do massacre foram enterradas ontem. O corpo da garota Ana Carolina Pacheco da Silva será cremado na manhã deste sábado, no Crematório do Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju.
TIROS
A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira, após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.
Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.
Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.
Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.
A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos –da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.
Informações e fotos: Folha Online.
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