Radialista alega ter sido agredido por vereador no Distrito de Tiquaruçu

No último domingo (19), o radialista Edicarlos Silva, vinculado ao partido MDB e candidato a deputado nas eleições passadas, relatou ter sido vítima de agressão física por parte do vereador Jurandy Carvalho, no Distrito de Tiquaruçu, mais especificamente no Povoado do Socorro em Feira de Santana.

O incidente ocorreu durante a tradicional festa da Cavalgada, um evento cultural enraizado na tradição do povoado. Edicarlos descreveu ao Acorda Cidade o episódio como surpreendente e lamentável, alegando que, ao cumprimentar o vereador de forma educada, foi recebido com socos, pontapés e insultos, incluindo o termo “vaga*****”.

O radialista explicou que estava em frente à igreja Católica, acompanhando as apresentações dos repentistas locais, quando Jurandy Carvalho chegou ao local cumprimentando as pessoas. Segundo Edicarlos, a agressão ocorreu sem motivo aparente, deixando muitos presentes inicialmente confusos e pensando tratar-se de uma brincadeira.

“Quando eu estava em frente à igreja Católica, embaixo do toldo, acompanhando os repentistas que estavam se apresentando no momento, foi quando o vereador Jurandy Carvalho chegou, cumprimentando todo mundo. Eu, educadamente fui cumprimentá-lo. E já fui recebido com vários socos, pontapés e com ele me chamando de vaga*****. Até então, muita gente pensou que era brincadeira. Depois, realmente foi verdade. Então, é lamentável que o vereador tenha cometido essa atitude, veio me agredir, eu não reagi em nenhum momento, porque sou educado. Lamentável que esse fato aconteceu. E eu estou aqui, no Complexo, já estou registrando a queixa contra o vereador”, destacou.

O incidente levou Edicarlos Silva a registrar uma queixa contra o vereador no Complexo Policial. O radialista destacou que em nenhum momento reagiu a agressão, mantendo uma postura educada diante da situação. Em entrevista ao Acorda Cidade, Edicarlos negou qualquer histórico de desentendimentos prévios com Jurandy Carvalho.

“Nunca desrespeitei nenhum vereador, nenhuma autoridade. Faço o meu trabalho. E eu acho que meu trabalho está incomodando este vereador, Jurandy Carvalho”, disse.

Como repórter que faz cobertura na Câmara de Vereadores, ele ressaltou que sempre respeitou o trabalho do vereador, bem como de outras autoridades, independentemente de eventuais discordâncias.

Ao ser questionado sobre possíveis motivos para a agressão, Edicarlos apontou seu trabalho na área de comunicação e sua atuação política como possíveis fontes de desconforto para o vereador. Ele mencionou que, como radialista, faz comentários na rádio, sabendo que nem todos os políticos concordam com suas opiniões, mas sempre respeitando os profissionais envolvidos.

Edicarlos revelou que foi convidado por duas lideranças locais para conhecer o distrito e participar da festa. A agressão, segundo ele, ocorreu de forma inesperada, especialmente porque sempre respeitou Jurandy Carvalho, mesmo quando fazia matérias que envolviam o vereador.

“Eu trabalho na Rádio Sociedade, no programa do Silvério Silva. E também tenho uma emissora própria, a Rádio H1 na web. Eu também trabalho na política, fui candidato a vereador, foi candidato a deputado. E fui convidado por duas lideranças para conhecer o distrito e ver as demandas, além de participar da festa. E quando chego lá, fiquei surpreso. Partindo deste vereador, Jurandy Carvalho, que sempre eu respeitei”, pontuou.

A queixa registrada pelo radialista tem como objetivo buscar segurança, uma vez que segundo ele, se sente ameaçado.

“Vim dá queixa, porque eu sou um cidadão, moro em Feira de Santana, tenho o meu trabalho na comunicação, tenho o meu trabalho no campo da política e como o vereador me ameaçou eu vim abrir essa queixa para ter a minha segurança, pedir ao Estado a minha segurança, pedir à justiça”, frisou.

O Acorda Cidade entrou em contato com o vereador Jurandy Carvalho que informou que o radialista Edicarlos terá que realizar um exame de corpo de delito para provar que foi ele quem o machucou. O vereador ainda destacou que isso é coisa de grupo político para derrubá-lo e que não dará entrevistas.

(Por Iasmim Santos, jornalista do Acorda Cidade).

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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