Política
Nomeado para transição do governo Lula, Zé Neto propõe criação de câmaras técnicas e ampliação do crédito
O deputado comentou ainda sobre a sua expectativa acerca da possibilidade de ser convidado para ocupar algum cargo dentro do governo Lula.
23/11/2022 às 11h40, Por Laiane Cruz
O deputado federal José Neto (PT) informou nesta quarta-feira (23) que irá se reunir já a partir de hoje com os coordenadores do processo de transição de governo do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva.
José Neto vai integrar a equipe de transição do governo no setor da Indústria, Comércio e Serviços. O nome dele foi anunciado nesta terça-feira (22) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, no gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília (relembre aqui).
De acordo com o deputado, em entrevista ao Acorda Cidade, a nomeação dele para a equipe de transição do governo federal é resultado do trabalho que ele já vinha realizando há algum tempo, de diálogo com os diversos setores produtivos.
“Eu já venho trabalhando na área de Desenvolvimento Econômico, e quando fui líder do governo por oito anos, fiz interlocução com vários setores, como frango, leite, carne, atacado, varejo, calçadistas, comércio, cacau, e isso gerou um processo aqui em Brasília natural de ligação a esse tema. Quando cheguei em Brasília, fiquei como titular da comissão de desenvolvimento econômico, e a partir daí gerou-se essa demanda positiva, fui inclusive coordenador da bancada de oposição da área, e fui fazendo muitos diálogos com a indústria, o comércio e a construção civil e o setor de serviços. Faço também e sou vice-presidente nacional da Frente Parlamentar de Comércio, Indústria e Serviços, como também da Frente Empreendedorista, então tudo isso serviu e gerou essa possibilidade, que ontem se confirmou, de participar do processo de renovação do modelo econômico, para que a gente possa ver o país se desenvolver”, fundamentou José Neto.
O deputado federal destacou que irá propor a criação de câmaras técnicas, assim como foi feito pelo governo do estado há algum tempo, reunindo os setores para dialogar soluções e caminhos para o próximo governo.
“Hoje vou ter reunião já com os coordenadores da transição. Uma coisa que é importante, e a gente sente na pele em Feira, é a criação de câmaras técnicas no âmbito federal, que na Bahia a gente fez lá atrás e deu muito certo, reunindo todos os setores produtivos. Por exemplo, fizemos a câmara técnica do frango, em que conseguimos reunir a indústria, o pessoal que representava os abatedores, e fizemos uma mesa com todos para apontar caminhos e direções para o governo estadual, não era deliberativa, era consultiva e deu muito efeito, como também no setor do leite. O que a gente quer com isso é ter mais conhecimento do que está se passando no país, principalmente no que diz respeito aos pequenos rincões, o interior, que precisa neste momento de uma nova política de desenvolvimento regional”, explicou.
Outra linha de pensamento a ser compartilhada é o retorno das políticas públicas de desenvolvimento, por meio da expansão das linhas de créditos que foram extintas durante o governo Bolsonaro.
“Neste momento o Brasil tem uma política muito difícil de fomento do desenvolvimento. Por exemplo, Feira de Santana teve o Minha Casa, Minha Vida com 52 mil casas, sendo 26 mil para os mais pobres, que foi o Minha Casa, Minha Vida I, e 26 mil para o II, que são aquelas casas no SIM, Vila Olímpia, Conceição, que tem piscina e os condomínios são mais arrumados, com abatimento no imóvel de R$ 17 mil. Esse recurso chegou através de políticas públicas. Esses recursos geram desenvolvimento para a economia, o dinheiro retorna, gera emprego, gera renda, e nessa pegada, é o que vou defender lá com muito vigor, temos que ampliar novamente as linhas de crédito, voltar a ampliar a linha de crédito da Caixa Econômica, as linhas que foram extintas, principalmente no que diz respeito às políticas voltadas para o campo e a agricultura familiar, e fazer com que o BNDS (Banco Nacional do Desenvolvimento Social) volte a ter o papel que sempre teve”, elencou José Neto.
O deputado comentou ainda sobre a sua expectativa acerca da possibilidade de ser convidado para ocupar algum cargo dentro do governo Lula.
“Até aqui o que eu quero é continuar como deputado federal. Eu não a inclinação de ocupar nenhum cargo em Brasília. Eu acho que a função de deputado federal vai ser muito importante neste processo de transição, e evidentemente a gente vai montar um panorama com base no que encontrou para que a gente possa começar o ano que vem com as contas arrumadas, indicações, a forma de fazer as coisas, e essa transição é arrumar a casa do nosso jeito. O meu suplente é o deputado Josias Gomes.”
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